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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

PARAÍSO TROPICAL(2007)

Paraíso Tropical é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre 5 de março e 28 de setembro de 2007, em seu horário das 21 horas, e totalizando 179 capítulos.
Foi escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares com a colaboração de Sérgio Marques, Ângela Carneiro, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, João Ximenes Braga e Marília Garcia, e dirigida por Amora Mautner, Vinícius Coimbra, Maria de Médicis, Cristiano Marques e Roberto Vaz, com direção geral de José Luiz Villamarim e Dennis Carvalho, e direção de núcleo de Dennis Carvalho. Foi ao ar substituindo Páginas da Vida, de Manoel Carlos, e substituída por Duas Caras, de Aguinaldo Silva. A trama foi indicada ao Emmy Internacional 2008 na nova categoria de melhor telenovela.[2]
Contou com Alessandra Negrini, Fábio Assunção, Glória Pires, Tony Ramos, Bruno Gagliasso, Vera Holtz, Marcello Antony, Fernanda Machado, Wagner Moura e Camila Pitanga nos papeis principais.
Em Portugal, foi a produção mais curta dentre as novelas das oito da Globo desde Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, que foi ali apresentada com cerca de 130 capítulos. No Brasil Suave Veneno teve 209 capítulos, então Paraíso Tropical foi a novela mais curta do horário desde Explode Coração, de Glória Perez, que teve 155 capítulos.


Índice

 [esconder

[editar] Enredo

Gtk-paste.svg Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo.
Antenor Cavalcanti é um empresário poderoso, frio, filho de um ex-presidiário trambiqueiro, Belisário, de quem quer distância. Perdeu seu único filho, Marcelo, quando este tinha dezesseis anos. Vê no filho de seu caseiro Nereu, o jovem Daniel Bastos, o possível herdeiro de suas empresas. Casado com Ana Luísa, Antenor tem uma amante, a bela Fabiana, advogada do Grupo Cavalcanti. Ele ainda se envolve com outras mulheres. Antenor decide expandir seus negócios. Ele agora pretende também atuar no ramo de resorts. O ambicioso Olavo, resolve lutar pelo posto de herdeiro do patrão e conquistar tal posição a qualquer preço. Seu principal obstáculo está em Daniel, rapaz de excelente caráter, que, além de bonito e charmoso, é inteligente e competente. Numa viagem à Bahia, para fechar a compra de um belíssimo terreno à beira-mar para o primeiro resort do Grupo, Daniel conhece e se apaixona por Paula Viana, gerente de uma pequena e charmosa pousada. O casal planejará ser feliz em alguma pousada do Nordeste,[3] trabalhando sem se estressar muito, mas eis que surge Olavo, disposto a qualquer coisa para não deixar que o poder no Grupo Cavalcanti caia nas mãos do filho de um empregado. E, assim, seus golpes levarão à separação de Daniel e Paula.
Paula é filha da cafetina Amélia. Esta comanda um bordel no resort baiano, onde trabalham várias 'meninas', como Bebel. Com um certo desvio de caráter, mas sempre exuberante, ela se diz com muita "catiguria". Levada para o calçadão de Copacabana pelo cafetão Jáder, Bebel conhecerá o homem de sua vida: Olavo, e, juntos, os dois serão capazes de qualquer coisa.Apesar disso, Bebel tem bom coração, e fará tudo por Olavo porque realmente ama ele, mesmo ele sendo mau-caráter, muito cruel e perverso.
Até as vésperas da morte de Amélia, Paula acreditava ser sua filha com um cliente desconhecido de sua mãe, porém descobre que tem outra filiação. Já separada de Daniel, Paula parte para o Rio de Janeiro em busca de suas raízes, mais precisamente de Isidoro, o avô que desconhecia ter. Ela ainda não sabe, mas tem uma irmã gêmea idêntica; e uma não sabe da existência da outra. Antes de reencontrar sua amada, Daniel vai se deparar com Taís Grimaldi, idêntica a Paula. Carreirista e tão ambiciosa quanto Olavo, Taís vive na periferia da sociedade carioca, mendigando convites e notinhas com seu nome em colunas sociais e aplicando golpes no high society. E será ela o principal algoz da própria irmã. Taís é uma mulher fútil, mau-caráter, mentirosa e é capaz de tudo por dinheiro. Paula, sua irmã, é o total oposto.
Já os moradores de Copacabana estão, de alguma forma, ligados à rede hoteleira de Antenor. Entre eles, o quase quarentão Cássio, um tipo bem carioca, sempre de bem com a vida, mas que nunca quis um relacionamento sério com Lúcia, com quem teve um filho no passado que ele nem conhecia, Mateus. Lúcia é filha do jornalista Clemente e da professora Hermínia, seus maiores conselheiros. Sua personalidade forte e determinada, vai conquistar o frio Antenor, que se apaixonará de verdade por ela.
Outra ilustre moradora de Copacabana é Marion Novaes, mãe de Olavo e Ivan, um bad-boy desajustado. Promoter fútil, cínica, divertida, chique e esnobe, ambiciona fazer parte do glamouroso mundo da alta sociedade carioca. Para chegar lá, encontrou um atalho: produz eventos nos melhores hotéis da cidade. Marion procura as amizades necessárias para que as portas se abram. Bajula do jeito que pode as mulheres ricas e famosas, como a frágil Ana Luísa.
O Edifício Copamar agita o bairro. É lá que mora a família de Heitor Schneider. Sua mulher, a frívola Neli, é doida para trocar o Copamar por um apartamento em endereço mais nobre, num bairro como o Leblon, por exemplo. Despreza Umberto, namorado de sua filha mais velha, Joana, porque é garçom, mas investe pesado no romance da mais nova, Camila, com Fred, um jovem executivo paulistano que veio trabalhar no Grupo Cavalcanti, mais precisamente, no lugar de Heitor.
Mas o que agita o Copamar são as homéricas brigas entre Virgínia Batista e Iracema Brandão, a síndica moralista do prédio, que ela muito se orgulha de ter "posto nos eixos". Com seu espírito de liderança e valores bastante convencionais, Iracema valorizou o edifício, outrora parcialmente mal frequentado. Virgínia é madrasta de Antenor, e apesar de já ter passado dos 60, tem o corpo em plena forma, sendo invejada por muitas mulheres da sociedade. Ninguém sabe porque se odeiam. As duas vão bater de frente a partir do momento em que Virgínia for morar no prédio.
Após Taís e Olavo armarem muitas ciladas para separar Paula e Daniel, os dois se casam e a gêmea má sequestra a irmã no dia do matrimônio. Taís e seu amante e cúmplice Ivan atiram Paula no oceano, forjam um acidente no mar, e Taís se coloca no lugar de Paula.[4] Porém, a gêmea boa é resgatada por Olavo, que a interna num hospício, e tenta mantê-la sempre dopada. O vilão descobre a farsa de Taís, e passa a chantageá-la para que ela faça Daniel assinar documentos, que podem ser usados para que Olavo abra uma conta no exterior com o nome do rival, e para lá, desvia dinheiro da empresa de Antenor. Daniel é acusado do crime, e ainda descobre que está morando com Taís. Ele resgata Paula, que volta ao Rio de Janeiro fingindo ser a irmã.
Desmascarada, Taís chega a ser abandonada e agredida por Ivan. A vilã planeja fugir do Brasil, mas acaba assassinada misteriosamente na casa de Daniel e Paula, que chega a ser presa, acusada da morte de Taís. Olavo e Bebel planejam um golpe contra Antenor. A prostituta engravida do amante, seduz Antenor e mente que está grávida do empresário. Ele se casa com ela, e se afasta de Lúcia, sem saber que ela espera um filho dele. No último capítulo, Olavo é desmascarado por Daniel e morre após levar um tiro de Ivan, ao confessar que matou Taís, afinal, a vilã lhe chantageara: ou Olavo lhe dava dinheiro, ou ela revelava que Ivan era filho de Antenor, e que ele pretendia matar todos os herdeiros do milionário.

[editar] Final da trama

Ivan leva um tiro de Olavo também, e morre nos braços do pai. Marion torna-se camelô; Antenor e Lúcia fazem as pazes e Paula e Daniel têm duas filhas gêmeas. Bebel é presa e condenada a um ano de prisão pela falsificação do DNA, e ao sofrer e se prostituir na cadeia, ela sai de lá após cumprir pena, conhece um deputado milionário, ladrão e bem velho que trabalha na câmara de vereadores de Brasília. Bebel, sempre esperta, se casa com ele por interesse no dinheiro e vai para Brasília. Lá ela vira assessora parlamentar, roubando muitos euros, dólares e reais. Lá, vira amante de diversos políticos milionários e ela passa a ter vida de rainha e posa nua para várias revistas, sem jamais esquecer de Olavo e do aborto que sofreu na cadeia.[5][6][7]
Gtk-paste.svg Aviso: Terminam aqui as revelações sobre o enredo.

[editar] Produção


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Seções de curiosidades são desencorajadas pelas políticas da Wikipédia.
Este artigo pode ser melhorado, integrando ao texto os itens relevantes e removendo os supérfluos ou impróprios.

  • A obra teve título provisório de Copacabana.[8]
  • Ambientada no Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana,[9] a telenovela é a quarta colaboração entre o ator Fábio Assunção e o roteirista Gilberto Braga e apresenta a atriz Alessandra Negrini, pela primeira vez, como protagonista de uma telenovela do horário nobre. Vale salientar que Alessandra já fez uma protagonista, mas não no horário nobre; foi na novela Meu Bem Querer, do mesmo autor (Ricardo Linhares).
  • Durante boa parte do início de sua produção, a telenovela foi conhecida como Folhetim, em referência à música homônima de Chico Buarque que fala sutilmente sobre prostituição, e Copacabana, citando o bairro homônimo, cenário da vindoura produção. O título acabou sendo modificado para "Paraíso Tropical".
  • Malu Mader e Gilberto Braga iriam trabalhar pela oitava vez nessa telenovela, mas isso acabou não acontecendo.[10] O autor declarou que essa foi uma das novelas que ele criou a trama sem pensar nos seus atores favoritos, o contrário do que ele fez com outras de suas novelas, e não viu nenhum papel que se adequasse a Malu.

    Vista aérea de parte da Zona Sul da cidade. A praia de Copacabana à esquerda.
  • O esporte windsurf, utilizado por Gilberto Braga em Água Viva, voltou a ser explorado nesta novela.
  • Apesar de tratar de um tema forte, a prostituição no Rio de Janeiro, o autor Gilberto Braga minimiza a expectativa: "Cabe a nós, os criadores, encontrar um equilíbrio entre o que precisamos mostrar para contar a história e o que o telespectador médio está preparado para ver sem se chocar", diz ele.
  • Gilberto Braga e Ricardo Linhares — dois cinéfilos que estão em seu quinto trabalho juntos — dizem que não houve uma inspiração literária direta para a criação de "Paraíso Tropical", mas em geral sempre bebem na fonte de Balzac e dos filmes americanos dos anos 1940 a 60.
  • Quando o nome de Alessandra Negrini foi apresentado a Gilberto Braga como sugestão para substituir Cláudia Abreu, o autor afirmou não ter dúvidas quanto a competência da atriz para os papéis. Chegou a afirmar que não tinha escrito para ela, mas que as personagens foram feitas para ela, tamanha sua satisfação com o desempenho da atriz. Dennis Carvalho, o diretor da novela, também era só elogios à moça. Gilberto confessou que preferia vê-la como Paula.
  • O cenário nordestino foi bem explorado nos primeiros momentos da trama. Gravadas nas cidade baianas de Itacaré, Porto Seguro, Trancoso, Arraial D'Ajuda e Ilhéus, além de Porto de Galinhas, em Pernambuco, as cenas ocupam os 11 capítulos iniciais e retratam a fictícia cidade de Marapuã, na Bahia.
  • Diferente de Celebridade, em que o núcleo popular morava no bairro do Andaraí, na zona norte carioca, Paraíso Tropical reúne os personagens, independente da condição financeira, em Copacabana, no Rio.
  • A Globo recriou em cidade cenográfica um trecho da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, principal cenário de "Paraíso Tropical", que explorou o turismo sexual. Na verdade, a Globo criou uma praia virtual. Segundo Dennis Carvalho, diretor-geral da novela, foram construídos no Projac a fachada do hotel do personagem de Tony Ramos, uma calçada igual à da avenida Atlântica e uma pista da via. Inúmeras ações da novela se deram nessa calçada. A grande novidade é que a Globo inseriu o restante da paisagem de Copacabana (a outra pista, o calçadão, a areia e o mar) em computador. Ou seja, cenas de "Paraíso Tropical" foram gravadas em cidade cenográfica, mas tiveram ao fundo a paisagem verdadeira de Copacabana, como se tudo estivesse realmente ocorrendo na badalada praia carioca. "A novela terá muitas cenas em Copacabana e não dá para gravar na praia toda semana e parar o trânsito. A solução foi recriar a praia em cidade cenográfica e inserir parte dela virtualmente", disse Carvalho na época.
  • A classificação da novela era para maiores de 14 anos devido as inúmeras cenas de sexo exibidas nos primeiros capítulos, que na maioria das vezes se passava no prostíbulo. Depois de uma pesquisa, concluiu-se que o público não estava gostando de tanto erotismo na novela, e devido à isso, o autor da trama resolveu suavizá-la, mas mesmo assim, a novela continuou classificada como imprópria para menores de 14 anos. A novela também teve os títulos provisórios de Folhetim e de Copacabana.
  • A atriz Cláudia Abreu iria interpretar as gêmeas Paula e Taís, mas, devido ao fato de ter ficado grávida pouco após o convite, teve de abdicar do papel. Várias atrizes foram cotadas para substituí-la, entre elas Camila Morgado, porém, o papel acabou ficando com Alessandra Negrini. Com a escolha da atriz, as personagens tiveram seus nomes mudados para "Paula" e "Taís". Antes de levar o nome de Alessandra a Mário Lúcio Vaz, diretor artístico da Globo, a equipe primeiro ouviu a opinião de Fábio Assunção, que contracenaria com ela. Fábio prontamente aprovou a escolha.
  • Em entrevista ao jornal O Globo, o autor Gilberto Braga declarou que o ator Selton Mello foi a primeira opção para o vilão Olavo, só que Selton preferiu fazer cinema e o diretor, Dennis Carvalho, escalou Wagner Moura. Gilberto também disse que Antônio Fagundes foi a primeira opção para o personagem Antenor, mas devido à sua participação em Carga Pesada, Antônio não chegou a ser cotado para o papel.
  • A emissora divulgou que a previsão era de que a personagem Ana Luísa (Renée de Vielmond) permanecesse na novela até o capítulo 60 - ficou até o capítulo 66, retornando à novela no capítulo 111 -, e a advogada Fabiana (Maria Fernanda Cândido) até o capítulo 80 - ficou até o capítulo 76. A prostituta Telma (Ísis Valverde) participou de 10 capítulos e a cafetina Amélia (Suzana Vieira), de 7. O vilão Umberto (Sérgio Marone) ficou até o capítulo 71.
  • A personagem Bebel, uma prostituta, seria vivida por Mariana Ximenes,[11] que recusou o papel, alegando estar cansada de emendar trabalhos na TV. Camila Pitanga foi escalada para viver a personagem, porém Gilberto Braga deixou claro que não achava ela capaz de fazer uma personagem tão má, mas que apostava no bom desempenho da atriz. Mesmo assim, Bebel foi interpretada por Camila brilhantemente. Essa franqueza com os atores já foi demonstrada pelo autor em Celebridade, em que ele disse que achava o Bruno Gagliasso muito "bonitinho", mas que não o achava capaz de fazer o personagem Inácio, filho do protagonista vivido pelo ator Marcos Palmeira. Porém o autor ficou surpreso com o desempenho do jovem ator, tanto que Bruno faz o vilão Ivan nesta novela. O mesmo em relação a Márcio Garcia, que fez o vilão Marcos de Celebridade. Gilberto afirmou que não pensava que Márcio fosse tão bom ator.
  • A atriz Joana Fomm viveria a personagem Marion Novais, mãe de Olavo e Ivan, porém a atriz teve que deixar o elenco por problemas de saúde, sendo então substituída por Vera Holtz, a convite do autor Gilberto Braga.
  • Carmem Verônica fez uma participação em "Paraíso Tropical" como Mary Montilla, mesma personagem que interpretou em Belíssima. É a primeira vez que uma personagem aparece em duas novelas de autores diferentes. Trata-se de uma homenagem de Gilberto Braga ao grande amigo Sílvio de Abreu.
  • A trama mostrou diversas cenas de nudez feminina ao redor da trama (na verdade, de calcinha e sutiã): Camila Pitanga, Isis Valverde, Lidi Lisboa, Juliana Didone, Fernanda Machado, Deborah Secco e Alessandra Negrini (como Taís) apareceram diversas vezes só com a roupa de baixo.

 Exibição

A primeira novela a ser inteiramente gravada e masterizada em alta definição foi Paraíso Tropical e não Duas Caras. A diferença é que Duas Caras foi a primeira novela a ser transmitida em HD. Paraíso Tropical foi preparada para o sinal digital em filmagem, cenário, maquiagem, iluminação, edição, mas o sinal foi adiado em 3 meses e só entrou no ar 2 dias depois da término da novela. Paraíso Tropical nunca foi exibida, mas está arquivada inteiramente em HD e no formato Widescreen na Rede Globo.[1]
Paraíso Tropical foi indicada ao prêmio Emmy 2008 na nova categoria de melhor telenovela.[2]

 Audiência

Em seu primeiro capítulo marcou 41 pontos no ibope.[12] Seu último capítulo registou média de 56 pontos.[13] Teve média geral de 43,8 pontos,[14][15][nota 1]

 Recepção

Prêmios

A trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares foi indicada a receber vários prêmios. Eles estão listados abaixo:

Troféu Imprensa 2008[17][18]
Prêmio Tudo de Bom - Jornal "O Dia"[19]
Prêmio Qualidade Brasil SP[20]
II Prêmio Extra de Televisão[21][22]
Top Of Business[23]
10º Prêmio Contigo![24][25]
Troféu APCA (2007)[26]
Personalidade do Ano - Isto é Gente
Prêmio QUEM
Pop Tevê - UOL
Melhores do Ano - Domingão do Faustão
Troféu Internet
Prêmio Master - Jornal dos Clubes
Minha Novela

 Repercussão

  • O Casseta & Planeta, Urgente!, satirizava a novela como Abismo Tropical pelos baixos índices de audiência nos primeiros meses da novela. A Globo reclamou e o título acabou sendo mudado para Paraíso do Bilau. Durante uma semana, a sátira foi rebatizada de PANraíso Tropical, devido aos Jogos Pan-Americanos de 2007, sediados no Rio de Janeiro.

 Elenco


Alessandra Negrini interpretou as gêmeas Paula e Taís.[29]

Wagner Moura interpretou Olavo Novaes.

Glória Pires interpretou Lúcia Vilela.

Tony Ramos interpretou Antenor Cavalcanti.

Vera Holtz interpretou Marion.[30]

Eduardo Galvão interpretou Urbano.[31]

Rosamaria Murtinho interpretou Dolores.

Ator[9][32]Personagem
Alessandra NegriniPaula Viana Bastos[33]
Taís Grimaldi[29]
Fábio AssunçãoDaniel Bastos
Wagner MouraOlavo Novaes
Camila PitangaBebel (Francisbel dos Santos Batista)
Tony RamosAntenor Cavalcanti[34][35]
Glória PiresLúcia Vilela[35]
Marcello AntonyCássio Gouvêia
Vera HoltzMarion Novaes[30]
Bruno GagliassoIvan Corrêa Novaes[36]
Beth GoulartNeli Veloso Schneider[37]
Daniel DantasHeitor Schneider[38]
Isabela GarciaDinorá Brandão Martelli[39][40]
Marco RiccaGustavo Martelli[41]
Débora DuarteHermínia Vilela[42]
Reginaldo FariaClemente Vilela[43]
Fernanda MachadoJoana Veloso Schneider
Gustavo LeãoMateus Vilela Gouveia[44]
Patrícia WerneckCamila Veloso Schneider Navarro
Paulo VilhenaFred (Frederico Navarro)[45]
Renée de VielmondAna Luísa Cavalcanti
Rodrigo VeroneseLucas Aboim
Hugo CarvanaBelisário Cavalcanti
Yoná MagalhãesVirgínia Batista
Chico DiazJáder
Daisy LúcidiIracema Brandão
Edwin LuisiLutero Sampaio
Guilhermina GuinleAlice Sampaio
Otávio MüllerVidal (Cupertino Vidal)
Carlos CasagrandeRodrigo Sampaio
Sérgio AbreuTiago Batista
Marcelo ValleSérgio Otávio
Luli MillerGilda Batista
Lidi LisboaTatiana
José Augusto BrancoNereu Bastos
Eduardo GalvãoUrbano Monteiro[31]
Erika MaderSusaninha (Susana Vidal)
Jonathan HaagensenCláudio Ferreira
Ernani MoraesDelegado Hélio
Roberto MayaXavier
Ildi SilvaYvone
Roberta RodriguesEloísa
Nildo ParentePacífico
Thaís GaraypZoraide
Juliana DidoneFernanda Navarro
Yaçanã MartinsOtília
Patrícia NavesSheyla
Nívea HelenCristina
Raquel ParpnelliÚrsula
Larissa QueirozRita
Flávia PyramoWilma
Maria EduardaOdete
Sandro XimenezCarlinhos
Fábio NascimentoLuciano
Marcos OtávioWilliam
Dudu CuryJúlio César Brandão Martelli
Vitor NovelloZé Luís (José Luís Grimaldi)
Thávyne FerrariMárcia Maria Brandão Martelli
Othon BastosIsidoro Grimaldi
Susana VieiraAmélia Viana[46]
Rosamaria MurtinhoDolores
Maria Fernanda CândidoFabiana
Otávio AugustoOsvaldo
Paulo BettiLucena
Ângela VieiraCleonice
Marcelo LahamHugo
Deborah SeccoBetina Moneteiro[47][34]

 Elenco de apoio

Músicas

O tema de abertura inicialmente seria Sábado em Copacabana, entoado por Maria Bethânia especialmente para a vinheta da novela, mas a Globo, em certo momento, chegou a cogitar ter como tema de abertura a música "Olha", na voz de Chico Buarque e Erasmo Carlos, num ritmo de bossa nova. No fim, o tema de abertura acabou sendo mesmo "Sábado em Copacabana" e "Olha" tornou-se o principal tema romântico da produção, servido de fundo para o casal Paula e Daniel.
"Não Enche", na voz de Caetano Veloso, já havia sido utilizado por Gilberto Braga em outra trama, a minissérie Labirinto, em 1998. Em Paraíso Tropical, a mesma serve como tema da personagem Bebel.

Trilha sonora nacional

Capa: Alessandra Negrini e Fábio Assunção
  1. "Carvão" - Ana Carolina
  2. "Impossível Acreditar Que Perdi Você" - Toni Platão
  3. "Ruas de Outono" - Gal Costa
  4. "Samba do Avião" - Milton Nascimento
  5. "Você Não Sabe Amar" - Nana Caymmi
  6. "Você Vai Ver" - Miúcha
  7. "Sábado Em Copacabana" - Maria Bethânia
  8. "Olha" - Erasmo Carlos e Chico Buarque
  9. "Cabide" - Mart'nália
  10. "Não Enche" - Caetano Veloso
  11. "Difícil" - Marina Lima
  12. "Espatódea" - Nando Reis
  13. "Existe Um Céu" - Simone
  14. "Preciso Dizer Que Te Amo" - Cazuza e Bebel Gilberto
  15. "É Com Esse Que Eu Vou" - Elis Regina
  16. "Vatapá" - Danilo Caymmi
  17. "Alcazar" - Roger Henri

Trilha sonora internacional

Capa: Camila Pitanga
  1. "You Give Me Something" - James Morrison
  2. "Last Request" - Paolo Nuttini
  3. "P.D.A. (We Just Don't Care)" - John Legend
  4. "Have You Ever Seen The Rain?" - Rod Stewart
  5. "Without You" - Harry Nilsson
  6. "Me And Mrs. Jones" - Michael Bublé
  7. "Since I Fell For You" - Gladys Knight
  8. "You Go To My Head" - Michael Bolton
  9. "Summerwind" - Madeleine Peyroux
  10. "Mon Manége à Moi (Tu Me Fais Tourner La Tête)" - Etienne Daho
  11. "Chaya Chaya" - Nukleouz & DJ Seduction
  12. "The Thrill Is Gone" - B.B. King
  13. "'Breezin' " - George Benson & Al Jarreau
  14. "The Man I Love" - Caetano Veloso
  15. "So Many Stars" - Sérgio Mendes & Brasil '66
  16. "Dream Dancing" - Ella Fitzgerald
  17. "I'm Sorry" - Brenda Lee
  18. "Vida Mía" - Nora Rocca

Notas

  1. Os números da audiência da novela fizeram com que a Globo iniciasse muito antes do previsto uma pesquisa entre as donas-de-casa para avaliar a telenovela.[16]

DUAS CARAS(2007/2008)

Duas Caras é uma telenovela brasileira que foi produzida pela Rede Globo e exibida originalmente entre 1 de outubro de 2007 e 31 de maio de 2008[5], com um total de 210 episódios. Escrita por Aguinaldo Silva, com a colaboração de Izabel de Oliveira e Nelson Nadotti, dirigida por Cláudio Boeckel, Ary Coslov e Gustavo Fernandes, e com direção geral e de núcleo de Wolf Maya, foi a 70ª "novela das oito" da emissora, e a primeira a ser exibida em alta definição.[6] Seu último episódio foi excepcionalmente transmitido em um sábado, contrariando o padrão de exibir o último capítulo de uma telenovela na sexta-feira e reprisá-lo no dia seguinte[4][7][8].
Contou com Marjorie Estiano, Dalton Vigh, Alinne Moraes, Antônio Fagundes, Flávia Alessandra, Renata Sorrah, Susana Vieira, José Wilker, Débora Falabella, Lázaro Ramos, Stênio Garcia e Marília Pêra interpretando os papéis principais da história.

Índice


 Sinopse

A telenovela possuiu duas fases distintas. A primeira introduziu os principais personagens e seus relacionamentos, e era focada majoritariamente nos protagonistas, Maria Paula e Marconi Ferraço. Após apenas nove capítulos, essa fase se encerrou e, em 10 de Outubro de 2007, ocorre uma passagem de tempo de dez anos, avançando a telenovela e apresentando o restante dos personagens.

 Prelúdio

Juvenaldo, quando criança, mora com o pai, Gilvan, e mais de dez irmãos em uma favela de palafitas em Igarassu, Pernambuco. Sem condições de sustentar a família, o pobre homem vende Juvenaldo a um estelionatário e cafetão chamado Hermógenes Rangel.[3] Rebatizado de Adalberto Rangel, o menino abandona a família e segue estrada afora com seu novo tutor, seguindo seus passos criminosos.
Os anos passam e a história chega no ano de 1997. Adalberto, já adulto, quer ganhar sua própria fortuna sem depender do seu mestre. Decidido a sumir de circulação, aplica um golpe em Hermógenes e foge com todo o dinheiro dele.
Tempos depois, ele presencia um grave acidente e, ao revistar os pertences das vítimas, o casal Waldemar e Gabriela, descobre uma mala com grande quantidade de dólares, apólices e a fotografia de uma jovem. Segue então para Passaredo, uma pequena cidade do interior do Paraná (ambientada em São Bento do Sul, Santa Catarina) ao encontro da órfã, Maria Paula. O golpista mente para ela ao dizer que Gabriela pediu, antes de morrer, que ele cuidasse da moça. Os amigos da herdeira - sua governanta, Jandira, a filha da governanta e melhor amiga de infância, Luciana, e seu advogado e melhor amigo, Dr. Claudius (que é apaixonado por Maria Paula) - tentam alertá-la, mas o golpista é rápido e, mesmo no dia do velório de seus pais, ela é seduzida pelo vigarista e aceita se casar com ele. Pouco tempo depois, ela descobre que seu marido desapareceu, levando toda a sua fortuna, deixando-a na miséria e, sem saber que ela estava grávida. Disposta a recomeçar a vida, Maria Paula parte para São Paulo e, após o nascimento do filho Renato, aceita o emprego de empacotadora em um supermercado. O golpista, por sua vez, muda o rosto, o nome e o estilo de vida. Faz uma cirurgia plástica, compartilhando esse segredo apenas com Bárbara Carreira - prostituta que trabalhava para Hermógenes, com quem perdeu a virgindade, que se tornaria seu braço direito por toda a vida - e transforma-se no respeitável empresário da construção civil Marconi Ferraço. Agora milionário, ele compra uma construtora quase falida, a GPN.[9] [10]
Entretanto, os vários nordestinos que vieram trabalhar na construtora, e que ficaram desabrigados com sua falência, se negaram a deixar o local e encontraram apoio na figura de Juvenal Antena, chefe da segurança, que se juntou aos operários na luta por seus direitos. E foi num terreno baldio próximo à antiga obra da GPN que ergueu-se a Favela da Portelinha, um local onde Juvenal não deixaria faltar nada para seus moradores. Drogas e violência não seriam permitidas. Quanto a isso, o carismático líder era irredutível.
Ferraço montou sua equipe de trabalho e associou-se ao engenheiro Gabriel Duarte - marido da perua Maria Eva, fã de Evita Perón - e ao advogado Paulo Barreto, o Barretão, um especialista em encontrar brechas para driblar a lei. Juvenal, por sua vez, ganhava cada vez mais prestígio na Portelinha e sabia que podia contar com sua gente. Admirado, ele foi se transformando aos poucos em um líder acima do bem e do mal.

Segunda fase

Dez anos se passam. Ferraço é um respeitável empresário, tendo Bárbara como sua governanta. Decide conquistar Maria Sílvia, moça milionária, elegante, de família tradicional, porém insensível, que passou muitos anos estudando na Universidade de Sorbonne, em Paris. Ela se apaixona por ele e aceita se casar meses depois. Maria Paula, agora nutricionista do supermercado, é convidada a trabalhar no Rio de Janeiro na mesma época em que, coincidentemente, vê a seu ex marido em uma reportagem de televisão, e descobre que ele vive na cidade. No dia da festa de noivado de Ferraço e Sílvia, Maria Paula, que havia descoberto que Adalberto Rangel adotou a identidade de Marconi Ferraço, o desmascara na frente de todos. O empresário descobre que é pai de Renato, garoto de dez anos, filho de Maria Paula, e decide se aproximar do garoto, com a cumplicidade de Sílvia, apenas para evitar que a ex-mulher o ponha atrás das grades. Porém, o empresário desenvolve um afeto verdadeiro pelo filho, o único que Ferraço, que se submeteu a uma vasectomia, poderá ter, fazendo com que Sílvia passe a odiar a criança. Sílvia se mostra uma pessoa perigosa e desequilibrada, que nutre um ciúme doentio pelo enteado e sua mãe. Na festa de aniversário de Renato, organizada por Maria Paula na mansão de Ferraço, os dois começam a indicar que sentem alguma coisa um pelo outro. O pior momento surge quando Sílvia se atira da escada da casa para estragar a festa. Entre outros atos criminosos, a noiva de Ferraço tenta matar Renato afogado, fazendo aparecer o lado humano do vilão, que se joga no lago para salvar o menino. A partir de então o empresário reconhece que desenvolveu novos sentimentos pelo filho e a ex mulher. Rejeitada por Ferraço, Sílvia entrega a Renato um dossiê com a prova de que o golpista roubou todos os bens de Maria Paula e desconhecia a existência do filho. O menino rompe brevemente com o pai, mas os dois acabam se reconciliando quando o ex vilão decide investigar suas origens em companhia de Renato, e assumir sua verdadeira identidade - este era um dos requisitos de um contrato pré-nupcial proposto por Maria Paula para casar de novo com o ex marido. Após o casamento de Ferraço e Maria Paula, Sílvia tenta matar a rival com um tiro, mas a bala atinge o outrora vilão, que se coloca na frente da esposa para salvá-la. Comovida, Maria Paula, que havia exigido a separação de corpos em seu acordo pré-nupcial, se entrega ao marido, sem, no entanto, desistir que ele acerte contas com a justiça.[11][12][13][14]
O pai de Sílvia, João Pedro, vivia um romance extraconjugal há mais de 20 anos com Célia Mara, casada com o mecânico Antônio e mãe de Clarissa. Tantos anos se passaram que Célia acabou se transformando em uma "segunda esposa". Ele a conheceu antes de se casar com a poderosa Branca, mãe de Sílvia. Mulher de requinte, moradora de um luxuoso condomínio da Barra da Tijuca, forte e determinada, Branca descobre, no dia seguinte ao da morte do marido, que ele tinha uma amante, e por isso trata de se desvencilhar do título de viúva. Assume a presidência do conselho da Universidade Pessoa de Moraes, da qual é proprietária, e a transforma em uma instituição de absoluta excelência na educação superior do Brasil. Em determinado momento, incomoda-se com a aproximação entre o professor Francisco Macieira - um antigo amigo que ela convida para ser reitor e torna-se seu namorado - e Célia Mara, a qual passa a estudar na sua universidade. Porém, um fato inesperado vai fazer essas duas inimigas conviverem no mesmo espaço e se confrontarem ainda mais. Por uma ironia do destino, Célia Mara administra 50% da universidade, já que Clarissa, sua filha, também é filha de João Pedro, e Sílvia entrega suas ações para Célia, com o objetivo de se vingar de Branca, que não aceita o relacionamento dela com Ferraço. A Universidade vira um campo de guerra, devido à disputa de poderes. A situação piora, pois Célia Mara descobre que Branca usa o cartão corporativo da Universidade para gastos supérfluos. Ela aproveita-se do fato para afastar a rival da presidência do conselho e assume a presidência. O fato causa o caos na UPM, com a suspensão das doações por parte dos beneméritos. Porém, há uma reviravolta, graças a uma atitude de Branca, fazendo com que ela vire o jogo; e atitudes impensadas de Célia Mara, como acusar o reitor Macieira de assédio sexual, voltam todos contra a amante de João Pedro, até mesmo Clarissa, que sofre de dislexia.
Branca é irmã de Barretão, considerado uma fera no Direito, porém muito preconceituoso. Ele é casado com a elegante Gioconda, considerada a última grande dama da sociedade carioca, que peca pelo vício em calmantes para tentar resolver os problemas, como se vivesse em uma redoma de vidro. Gioconda é amiga íntima de Lenir, que vive em sua casa se intrometendo nos seus probelmas com Barreto. Os dois são pais de Júlia, uma moça inteligente e ativa, que se apaixona por Evilásio Caó, enfrentando o preconceito da família por se envolver com um homem de uma classe social mais baixa e, ainda por cima, negro.
Evilásio é morador da favela da Portelinha, que a partir da determinação de Juvenal Antena, seu padrinho, cresceu e se tornou uma espécie de "favela-modelo". Líder nato, simpático, homem esperto e hábil nas palavras, Juvenal mantém firme seu compromisso de não deixar drogas e violência entrarem no local e de não faltar nada a seu povo.
Do sonho para a realidade foi um pulo. Juvenal se reuniu com seus amigos, outras figuras respeitadas pelo grupo: o pastor evangélico Inácio Lisboa, o carpinteiro Misael Caó, pai de Evilásio, a mãe-de-santo Setembrina, que mostrou na novela a prática da umbanda feita para o bem das pessoas, e o dono de vans Geraldo Peixeiro. Com a ajuda ainda do secretário de Estado de Serviço Social Narciso Tellerman, posteriormente deputado federal, Juvenal organizou uma invasão ao terreno da GPN e firmou sua comunidade no local. Porém, Marconi Ferraço comprou também o terreno da GPN e entrará numa batalha judicial e moral contra Juvenal Antena. Toda a população respeita seu líder, que não aceita nunca ser contestado - o que ocasionará divergências com seu braço-direito, Evilásio - mas que sempre age pelo povo. Estas divergências têm início quando a Portelinha é invadida e Juvenal fica hospitalizado, deixando Evilásio tomando conta de tudo, e têm seu auge quando ambos se candidatam a vereador.
A Portelinha agita a trama. É lá que se encontra, por exemplo, a família de Bernardinho, um jovem homossexual explorado pelo pai, Bernardo, pela madrasta, a dissimulada Amara, e pelos irmãos João Batista (futuramente conhecido como J.B.) e Benoliel. Mas o rapaz acabará se apaixonando por Dália, sua melhor amiga, que ele ajudou a salvar das drogas. É ainda na Portelinha que vive Alzira, prima de Célia Mara e mãe de dois filhos, Dorginho e Manuela. Uma mulher de bom coração, mas que engana o marido, o imprestável Dorgival, ao dizer que trabalha como enfermeira, - já que ela sustenta a casa há quinze anos - quando na verdade faz strip-tease na Uísqueria Cincinatti, dirigida por Jojô, seu melhor amigo. A certa altura da história, Alzira acaba conquistando o coração de Juvenal. No decorrer da trama, a Uisqueria deixa de existir e começa a surgir a figura do Sufocador de Piranhas, uma pessoa misteriosa que ataca não só as ex-dançarinas da boate, mas também as várias mulheres da Portelinha.

 Último capítulo

Célia Mara e Branca fazem as pazes após se estapearem na universidade. Já Alzira se muda para a Espanha, com os filhos. Juvenal, por sua vez, torna-se avô, quando sua filha Solange tem um bebê com Cláudius. A identidade do misterioso Sufocador de Piranhas foi revelada na pessoa de Geraldo Peixeiro.
Sílvia sequestra Renato, após fugir de um manicômio. A polícia localiza a vilã, que na fuga, é atropelada por um milionário e vai para a França com ele, acompanhada por J.B. como motorista e amante.
Ferraço, que havia casado novamente com Maria Paula, é convencido pela esposa a confessar seus crimes para a polícia. O outrora vigarista fica dois anos preso, e ao ser libertado, descobre que ela vendeu todos os seus bens e partiu com o filho para um destino desconhecido. Solitário em uma praia, ele lamenta ter sido abandonado pela amada quando, inesperadamente, recebe um telefonema de Maria Paula perguntando como ele se sente por ter sido roubado, como ela foi um dia. No entanto, a jovem revela que deixou para ele uma passagem para o Caribe, ele viaja ao encontro dela e do filho e os dois terminam a novela juntos.[15]

Elenco


Alinne Moraes interpretou a antagonista Sílvia Barreto.

Marjorie Estiano interpretou a protagonista Maria Paula.

Dalton Vigh interpretou o antagonista Dr. Marconi Ferraço.

Susana Vieira interpretou Branca Barreto.

Flavia Alessandra interpretou Alzira.

Antônio Fagundes interpretou Juvenal Antena.

José Wilker interpretou Fernando Macieira.

Marcos Winter viveu Narciso Tellerman.

Juliana Knust interpretou Débora.
AtorPersonagem
Marjorie EstianoMaria Paula Fonseca do Nascimento
Dalton VighMarconi Ferraço (Adalberto Rangel / Juvenaldo Ferreira)
Alinne MoraesMaria Sílvia Barreto Pessoa de Moraes
Antônio FagundesJuvenal Antena (Juvenal Ferreira dos Santos)
Suzana VieiraBranca Maria Barreto Pessoa de Moraes
Renata SorrahCélia Mara de Andrade Couto Melgaço
Lázaro RamosEvilásio Caó dos Santos
Débora FalabellaJúlia de Queiroz Barreto
José WilkerFrancisco Macieira
Marília PêraGioconda de Queiroz Barreto
Flávia AlessandraAlzira de Andrade Correia
Stênio GarciaBarretão (Paulo de Queiroz Barreto)
Betty FariaBárbara Carreira
Marília GabrielaGuigui (Margarida Maria dos Anjos)
Vanessa GiácomoLuciana Alves Negroponte
Caco CioclerCláudius Maciel
Letícia SpillerMaria Eva Monteiro Duarte
Marcos WinterNarciso Tellerman
Oscar MagriniGabriel Duarte
Paulo GoulartHeriberto Gonçalves
Eriberto LeãoÍtalo Negroponte
Bárbara BorgesClarissa de Andrade Couto Melgaço
Juliana KnustDébora Vieira Melgaço
Thiago MendonçaBernardinho (Bernardo da Conceição Júnior)
Leona CavalliDália Mendes
Totia MeirellesJandira Alves
Eri JohnsonZé da Feira (José Carlos Caó dos Santos)
Wolf MayaGeraldo Peixeiro
Ivan de AlmeidaMisael Carpinteiro (Misael Caó dos Santos)
Otávio AugustoAntônio José Melgaço
Rodrigo HilbertRonildo do Anjos
Ricardo BlatPastor Inácio Lisboa
Dudu AzevedoBarretinho (Paulo de Queiroz Barreto Filho)
Mara ManzanAmara
Susana RibeiroEdivânia
Nuno Leal MaiaBernardo da Conceição
Alexandre SlavieiroHeraldo Carreira
Chica XavierMãe Bina (Setembrina Caó dos Santos)
Flávio BauraquiEzequiel Caó dos Santos
Juliana AlvesGislaine Caó dos Santos
Armando BabaioffBenoliel da Conceição
Sheron MenezesSolange Couto Ferreira dos Santos Maciel
Cris ViannaSabrina Soares da Costa
Jackson CostaWaterloo de Sousa
Marcela BarrozoRamona Monteiro Duarte
Júlia AlmeidaFernanda Carreira da Conceição
Guida VianaLenir (Elenir)
Júlio RochaJB (João Batista da Conceição)
Cristina GalvãoLucimar
Josie AntelloAmélia Caó dos Santos
Viviane VictoretteNadir
Teca PereiraNanã
Roberto LopesGilmar
Wilson de SantosJojô (Josélio)
Sérgio VieiraPetrus Monteiro Duarte
Diogo AlmeidaRudolf Stenzel
Débora OlivieriAdelaide
Adriana AlvesCondessa de Finzi-Contini (Morena)
Adriano GaribSilvano
Alexandre LiuzziDagmar
Paulo SerraIgnácio Guevara
Dani OrnellasJoseane
Prazeres BarbosaShirley
Adriano DóriaMarcha Lenta
Marilice ConsenzaSocorro
Antônio FirminoApolo
Lugui PalharesCarlão
Guilherme DuarteZidane
Luciana PachecoDenise
Javier GomezDr. Hidalgo
Eduardo LaraFrango Veloz
Laura ProençaVesga (Salete Costa)
Leandro RibeiroOsvaldo
Raquel FuinaVictória (Dóris)
Herson CapriJoão Pedro Pessoa de Moraes (Joca)
Fulvio StefaniniWaldemar do Nascimento
GottshaEunice/Diva
Sylvia MassariGraça Lagoa
Fafy SiqueiraMadame Amora
Thaís de CamposClaudine Bel-Lac
Sérgio ViottiManuel de Andrade Couto
Débora NascimentoAndréia Bijou
Carolina HolandaBárbara (jovem)
Gilberto MirandaDivaldo
Isabela LobatoHeloísa
Bia MussiJanete
Tathiane ManzanRuth
Edmo LuisGavião Sereno
Zé Luiz PerezZé da Preguiça
Raphael MartinezElvis
Natasha StranskyBijouzinha[16]
Bernardo MesquitaAdalberto (jovem)
Rafaela VictorMíriam Lisboa
Raphael RodriguesBrucely
Matheus CostaLeone Alves Negroponte
Luana DandaraManu (Manuela de Andrade Correia)
André Luiz FrambachJuvenaldo Ferreira
Tarcísio MeiraHermógenes Rangel
Michel JoelsasFernandinho
Bia SeidlGabriela Fonseca do Nascimento
Carlos VerezaHelmut Erdann
Selma EgreiBeth Gomes
Guilherme GorskiDuda (Eduardo Monteiro)
Paola CrosaraRebeca Lisboa
Gabriel SequeiraRenato Fonseca do Nascimento Ferreira
Lucas BarrosDorginho (Dorgival Correia Júnior)
Ana Karolina LannesSofia Alves Negroponte

Produção


Vista de uma favela carioca.
Durante certo tempo, houve uma disputa entre o autor e Benedito Ruy Barbosa (este responsável por outra telenovela em pré-produção na época, Amor Pantaneiro, que acabou nem sendo produzida) para decidir quem escreveria a substituta de Paraíso Tropical, no final de 2007 como novela da 21h. Embora inicialmente a disputa pendesse para o lado de Benedito, ao fim das discussões ficou decidido que É a Educação, Estúpido! entraria no ar no lugar da trama de Gilberto Braga, com Amor Pantaneiro sendo exibida apenas a partir de meados de 2008[17].

 Mudanças no enredo

Ao ser questionado pela coluna "Controle Remoto" do jornal O Globo, em 5 de outubro de 2006, sobre quais seriam os temas abordados na telenovela, o autor teria respondido[18]:
Cquote1.svgNão tenho ainda a trama central, o 'escândalo' que faz uma novela, mas já criei personagens especialmente para Suzana Vieira, Marília Gabriela e Bárbara BorgesCquote2.svg

A partir daí, diversas mudanças em relação ao enredo da telenovela começaram a surgir. Em 21 de outubro de 2006, em entrevista ao site Terra, o autor concedeu diversos detalhes sobre a trama, contando sobre como abordaria a "importância da educação e da cultura"[19], inclusive declarando que o núcleo principal da trama se situaria numa universidade. Até este ponto, Suzana Vieira seria a protagonista, Leonor Villela, e Marília Gabriela, a vilã da trama. Além da educação, outro tema que seria abordado pela telenovela seria o da favelização, principal motivo pelo qual o Rio de Janeiro havia sido escolhido como cenário, com Aguinaldo inclusive declarando que ambientaria a trama nos bairros de Rio Comprido e Catumbi[19].
Entretanto, poucos meses depois, durante uma entrevista à Folha de S.Paulo, o autor declarava um enredo principal bastante diferente. A trama não mais seria protagonizada por Suzana Vieira, mas sim por Eduardo Moscovis. Tal personagem seria baseado em um censor dos tempos da ditadura militar. O personagem foi inspirado em "um sujeito chamado Romero Lago, que, na década de 1970, chegou a ser chefe da Censura Federal, até que descobriram que ele não era Romero nem Lago, mas outra pessoa, condenada por um crime gravíssimo". Ele "(…) dá um grande golpe numa mulher (Carolina Dieckmann) por quem fingiu se apaixonar. Ele foge, faz uma série de plásticas e se torna uma pessoa respeitável. Até que, dez anos depois, o seu verdadeiro passado volta, na figura da mulher que ele traiu", conta Silva à Folha de São Paulo, do dia 10 de dezembro de 2006. A história do personagem foi parcialmente baseada, também, na figura do ex-deputado José Dirceu, que ao fugir da ditadura militar para Cuba, passou por cirurgias plásticas para mudar suas feições para que pudesse retornar ao Brasil sob uma outra identidade[20]. O autor revelou, em sinopse de fevereiro de 2007, que ao ser confrontado com a mulher que enganou e um filho cuja existência desconhecia, seu protagonista anti-heroi pensaria na possibilidade de se redimir[21]. Ele indicou em entrevista ter se inspirado em Dostoievski para construir seu protagonista em busca de redenção[22].

 Escolha do elenco

Cquote1.svgPosso garantir, e é bom a TV Globo levar isso em conta, que sem Moscovis e Zé Mayer perderei boa parte da vontade de escrever essa novela.Cquote2.svg
Aguinaldo Silva, sobre a escolha do elenco[23]

Durante sua pré-produção, a telenovela enfrentou alguns problemas para a escalação do elenco, principalmente com os protagonistas. Inicialmente, quem estava escalada para interpretar a protagonista - chamada Maria Clara, porém que depois mudou para Maria Paula - era Carolina Dieckmann, que declinou o convite ao ficar grávida[24]. Para substituí-la, Mariana Ximenes também chegou a ser convidada, mas preferiu tirar férias após ter emendando diversos trabalhos em telenovelas[24][25]. O outro protagonista seria Eduardo Moscovis, convidado para ser Marconi Ferraço. No entanto, o ator acabou recusando o papel[26], que ficou para Dalton Vigh. José Mayer foi inicialmente cotado para interpretar Juvenal Antena[19], papel que acabou ficando com Antônio Fagundes[27].
O nome do jovem ator Mussunzinho apareceu na abertura durante toda a apresentação da novela, mas ele não chegou a aparecer na trama[28].

 Cenário

Um dos pontos de maior destaque da produção é o fato de abordar a favelização brasileira. Um dos cenários da telenovela é a fictícia favela da Portelinha, liderada pelo personagem Juvenal Antena (Antônio Fagundes). A Portelinha destaca-se por não apresentar infiltração de traficantes, sendo constituída meramente por trabalhadores. Inicialmente, ela se chamaria Mangueirinha, e seria situada em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio[19][27].
A cidade cenográfica montada para a telenovela foi inspirada na favela de Rio das Pedras. Para a sua construção, a equipe da Rede Globo realizou dezenas de visitas à comunidade, reconstituindo diversos trechos da comunidade de forma fiel[29], mas com alterações que possibilitassem à equipe de filmagem realizar as cenas, além da inclusão de novos lugares, como a escola de samba e o terreiro da personagem Setembrina[29]. Quando um plano geral da Portelinha era exibido, entretanto, o que estava sendo exibido verdadeiramente era a favela de Rio das Pedras, alterada digitalmente para que fosse inserida, num espaço de sete quarteirões, a cidade cenográfica[29]. A cidade cenográfica ocupava uma área de 6000 metros quadrados e possuía oito ruas, nas quais foram construídas 120 casas, uma igreja, a escola de samba da comunidade e 30 lojas,[30] que serviam de cenário para a gravação da maior parte das cenas da produção. O ator Lázaro Ramos definiu a fictícia Portelinha como a visão do autor, Aguinaldo Silva, da favelização brasileira[31], pois "trata-se de uma junção de várias favelas e apresenta diversos personagens típicos desse ambiente"[31].
A escolha do nome, uma homenagem à escola de samba Portela[32], rendeu posteriomente ao diretor, Wolf Maya, e ao elenco um "troféu Águia de Ouro", criado especialmente pelo carnavalesco Cahê Rodrigues para "retribuir" a homenagem[32].
Além da Portelinha, a novela tem como base a cidade do Rio de Janeiro. Na primeira fase, foram gravadas cenas em Recife (onde o personagem de Ferraço foi criado), em São Bento do Sul, Santa Catarina (onde foi ambientada a fictícia cidade de Passaredo); e Canela, no Rio Grande do Sul. No início da segunda fase, várias cenas foram gravadas em Paris, na França, e na cidade de São Paulo. Em alguns dos últimos capítulos, foram gravadas cenas em Igarassu, no litoral de Pernambuco.

 Exibição

Vinheta de abertura

Fazendo uso de papel reciclado, latas de refrigerante, retalhos e pedaços de fios, o artista plástico Sérgio Cezar desenvolveu, a pedido de Hans Donner, cerca de 1.500 maquetes que chegaram a ocupar aproximadamente 64m² do estúdio no qual foi gravada a abertura da novela. Intercalada com imagens em preto-e-branco da própria fabricação da mini-favela, a abertura dura cerca de 70 segundos, e mostra o crescimento da comunidade ao redor de dois luxuosos edifícios criados através de computação gráfica.[30]

Classificação etária

Quando da estreia, a trama foi classificada pelo Ministério da Justiça como imprópria para menores de 12 anos, classificação que se prolongou durante os primeiros dois meses e meio. Porém, devido às cenas excessivamente sensuais protagonizadas pela atriz Flávia Alessandra - intérprete de Alzira, pretensa enfermeira que trabalhava como "dançarina" num prostíbulo, a Uisqueria Cincinnati - e ao uso excessivo de palavrões, o órgão abriu um processo para reclassificá-la como imprópria para menores de 14 anos e inadequada para antes das 21 horas,[33] e de fato, a partir do dia 24/12/2007, a trama foi reclassificada como tal. Como forma de evitar a reclassificação, o autor Aguinaldo Silva chegou a insinuar que a explosão da boate estaria ligada a essa suposta "censura".[34] Ainda que a Rede Globo tenha recorrido do caso, alegando que a telenovela havia sofrido mudanças que a tornariam adequada para menores de 12 anos,[34] a mesma acabou por permanecer nesta classificação.[35][34] Assim, a emissora teve que mudar o horário da novela das 20h55 para as 21h, inclusive nas quartas-feiras, quando geralmente a novela começava mais cedo por causa do futebol. Os capítulos de quarta, foram então encurtados.

[editar] Problemas com a autoria

No dia 23 de novembro, a Globo informou, por meio de nota oficial, que o autor Aguinaldo Silva se manteria afastado dos roteiros da trama, para "resolver problemas pessoais"[36] - o que posteriormente atribuiu-se à hipertensão.[37] Sua saída gerou controvérsia entre os atores e a imprensa especializada, incitando rumores de que ele havia sido demitido.[38] Contudo, na mesma semana o autor retornou à produção, pois havia sido impedido de viajar a Portugal, por não ter renovado o passaporte.[39]

 Último capítulo no sábado

Duas Caras não teve seu último capítulo re-apresentado. Alegando que ficaria grande demais, o autor Aguinaldo Silva e o núcleo de novelas da Globo decidiram não reapresentar o último capítulo, que foi exibido no dia 31 de maio de 2008, um sábado. Isso aconteceu pela primeira vez em muitos anos, pois novelas como Renascer e Fera Ferida tiveram problemas parecidos, mas não deixaram de ter seus últimos capítulos re-apresentados. O fato fez com que a novela tivesse a menor audiência de um último capítulo de uma novela das 20h da Globo até então (47 pontos). No sábado, a audiência sofre uma grande queda em relação aos outros dias da semana.

 Audiência

Duas Caras obteve o menor índice de audiência de uma novela das 20h em seu capítulo de estreia, até então: média de 40 pontos, com picos de 51.[40][41], suplantando o recorde negativo da antecessora, Paraíso Tropical, que em sua estreia marcou 41 pontos[42]. Essa marca negativa seria mais tarde superada pelas novelas A Favorita, Caminho das Índias, Passione e Avenida Brasil, que ficaram abaixo dos 40 pontos em suas estreias[43][44][45]. Os dois capítulos seguintes de Duas Caras alcançaram números ainda menores (média de 35,5 no segundo,[46] e 33,7 no terceiro).[46][47]
No entanto, a audiência aumentou efetivamente a partir do terceiro mês, quando a trama, segundo informações no Projac, centrou-se mais nos perfis e conflitos dos três protagonistas, Ferraço, Maria Paula e Juvenal Antena.[48][49][50][51]
Em seu último capítulo, exibido num sábado, dia em que a audiência cai muito, Duas Caras marcou a pior média de último capítulo das telenovelas das 21h até então, com 47 pontos[52]. Esta marca negativa foi superada dois anos depois por Viver a Vida (2010), que marcou 46 pontos[53], e igualada por Insensato Coração (2011) e Fina Estampa (2011),[54][55], todas com os últimos capítulos exibidos na sexta-feira.
Na quinta-feira, 29 de maio de 2008, Duas Caras bateu o seu recorde de audiência. De acordo com a assessoria de imprensa da Globo, a média consolidada do Ibope, foi de 52 pontos de média e 70% de share.[56][57]
A novela teve média geral de 41,1 pontos, índice inferior à maioria das predecessoras na década, com exceção da novela Esperança, mas superior às seis novelas seguintes. Foi a última novela no horário a ficar acima dos 40 pontos no Ibope.[58][59][60][61].

 Música

Dentre as peculiaridades da trilha sonora da telenovela, encontra-se Recomeçar, canção gospel interpretada pela cantora Aline Barros, a convite do próprio autor da telenovela.[62] Aline foi a primeira cantora gospel a ter uma canção na trilha de uma novela da Rede Globo.[63]
Contrariando a trilha sonora nacional, a trilha internacional chegou a ocupar a primeira posição dos CDs mais vendidos do país, puxada pelo sucesso da canção Same Mistake, do cantor inglês James Blunt.[64]
Duas Caras foi a terceira novela a divulgar em CD sua trilha sonora em formato instrumental, fato que só havia acontecido anteriormente em Belíssima, de Sílvio de Abreu, e em Esperança, de Benedito Ruy Barbosa.
A produção musical da trama ficou a cargo de Victor Pozas, ex-produtor musical do seriado Malhação, que também trabalhou com a carreira musical da protagonista Marjorie Estiano.
A canção "No One", da cantora Alicia Keys, apesar de fazer parte da trilha internacional, abrindo o disco, não foi executada na novela.

Prêmios

A trama de Aguinaldo Silva foi indicada a receber vários prêmios. Dentre eles, ela ganhou:
Prêmio Contigo! (2007):[65]
Prêmio Tudo de Bom - jornal O Dia (2008):[66][67][68]
Troféu Super Cap de Ouro (2008):[69]
Meus Prêmios Nick (2008):[70]
Prêmio Jovem Brasileiro (2008):[71]
Prêmio Arte Qualidade Brasil (2008):[72][73][74]
Prêmio Extra de TV (2008):[75][76]
Prêmio Festnatal - Os Favoritos do Público (2008):

 Exibição internacional

A novela foi exibida em vários países, entre eles:
Até dezembro de 2009, a novela havia sido vendida para 22 países[96]. Foi um êxito na América Latina, com exibições simultâneas em diversos países[97]. No Peru, chegou a ser a segunda novela mais vista em seu período de exibição, e a preferida entre as classes alta e média alta [98]. No Equador, ocupou as primeiras posições nas grandes cidades e alcançou ser líder de audiência[99]. Na Nicarágua, marcou 40 pontos em sua estreia e 60% de share[100]. Em Portugal, após uma recepção monótona, a novela acabou realmente caindo no gosto do público[101][102][103]. Teve êxito no Uruguai, obtendo índices de 24 pontos de audiência e 35 de share[104]. Alcançou bom desempenho nos Estados Unidos, conseguindo ficar em segundo lugar no canal em que foi exibida e agradando principalmente as mulheres hispânicas entre 18 e 54 anos[105].