A Cabana do Pai Tomás
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Para o romance, veja Uncle Tom's Cabin.
A Cabana do Pai Tomás | |
---|---|
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | romance drama história |
Duração | 55 minutos |
Criador(es) | Hedy Maia Péricles Leal Glória Magadan Walther Negrão[1][2] Baseada na obra de Harriet Beecher Stowe |
País de origem | Brasil |
Idioma original | Português |
Produção | |
Dire(c)tor(es) | Fábio Sabag Daniel Filho Walter Campos Régis Cardoso[2] |
Elenco | Sérgio Cardoso Ruth de Souza Paulo Goulart Miriam Mehler ver mais |
Tema de abertura | Cabana do Pai Tomás - Lyrio Panicali[3][4] |
Exibição | |
Emissora de televisão original | Rede Globo[2] |
Transmissão original | 7 de julho de 1969[1][2]- 1 de março de 1970[1][2] |
Nº de temporadas | 1 |
Nº de episódios | 205[2] |
Portal Séries de televisão · Portal Televisão Projeto Televisão · Projeto Entretenimento |
Índice[esconder] |
[editar] Sinopse
A história é completamente inspirada no romance de Harriet Beecher Stowe. Aborda a constante luta travada entre latifundiários e escravos no sul dos Estados Unidos à época da Guerra da Secessão.O principal personagem é o escravo negro Pai Tomás que, ao lado da esposa Cloé e de outros amigos na mesma condição, enfrenta os senhores de engenho à procura de liberdade.
Paralelo às discussões políticas e sociais da trama, há também o romance proibido entre os jovens Pierre Saint Clair e Bárbara.
[editar] Elenco
Ator[2] | Personagem[2] |
---|---|
Sérgio Cardoso | Pai Tomás / Dimitrius / Abraham Lincoln |
Ruth de Souza | Cloé |
Paulo Goulart | Pierre Saint Clair |
Miriam Mehler | Bárbara |
Rachel Martins | Martha |
Milton Gonçalves | Hasan (Onça) |
Maria Luíza Castelli | Ofélia |
Felipe Carone | Arquibaldo Morrison |
Isaura Bruno | Betsy |
Jacyra Silva | Cassie |
Jonas Mello | Jimmy |
Renato Master | David |
Eloísa Mafalda | Emily |
Edney Giovenazzi | Mr. Legris |
Nívea Maria | Elisa |
Luiz Pini | Aramis Grend |
Lola Brah | Andressa Grend |
Gésio Amadeu | Sam |
Isabella Campos | Eleonora |
Haroldo de Oliveira | Jonas |
Ivete Bonfá | Cláudia |
Jorge Coutinho | Angelus |
Turíbio Ruiz | Mr. Shelby |
Chica Xavier | Lica |
Macedo Neto | Rudi |
Norah Fontes | Jessica |
Germano Filho | Natalieh |
[editar] Curiosidades
- Para a novela, foram construídos dois estúdios na emissora em São Paulo. Uma embarcação do século XIX foi reproduzida para as gravações e uma colheita de algodão, numa fazenda de Campinas foi antecipada exclusivamente para que o local servisse de locação para a história. Porém, com o incêndio que destruiu parcialmente as instalações da emissora na capital paulista, apenas uma semana após a estreia da novela, a equipe de produção foi obrigada a se transferir para o Rio de Janeiro, onde passou a contar com menos recursos[2][6].
- Fábio Sabag dirigiu os oito primeiros capítulos, mas foi substituído por Daniel Filho, devido a uma séria estafa. Posteriormente Walter Campos e Régis Cardoso entraram na equipe de direção à pedido do ator Sérgio Cardoso[6].
- Tia Cloé foi a primeira protagonista negra na televisão brasileira. A intérprete da personagem, Ruth de Souza, era amiga de Sérgio Cardoso e foi ele quem a indicou para a direção da novela. Ruth de Souza relembra: "Fui contratada de imediato e protagonizei a história, o que, infelizmente é incomum na carreira de atores negros.". Devido ao seu papel de destaque, a atriz chegou a ter problemas com pessoas do elenco. "Algumas atrizes brancas não queriam que o nome delas ficasse atrás do meu nos créditos. Não guardo mágoa, mas acho qualquer tipo de preconceito uma estupidez." revela Ruth[6].
- A agência de publicidade Colgate-Palmolive, responsável pelo patrocínio das telenovelas na década de 1960 no Brasil, influenciou diretamente na escolha do ator para o papel principal. A filial estadunidense da agência escolheu o ator Sérgio Cardoso para interpretar o escravo Tomás, sem analisar as implicações que isso poderia ter na mídia brasileira[2]. Segundo Fábio Sabag, essa escolha dependeu muito da competência de Sérgio, que, por ter feito um italiano em O Cara Suja e um judeu em Somos Todos Irmãos, se revelou um ator bastante versátil.
- A Cabana do Pai Tomás teve uma recepção tumultuada por parte da imprensa. Isso porque o ator Plínio Marcos em sua coluna Navalha na Carne no jornal Última Hora, liderou uma campanha de repúdio à escolha do ator branco para interpretar um negro. A opinião geral na classe artística era que Milton Gonçalves deveria fazer o papel. Milton Gonçalves conta que todas as vezes que se Sérgio o encontrava, tentava se justificar a respeito disso[7]. .
- Além de interpretar o escravo Tomás, Sérgio Cardoso também dava vida ao abolicionista Dimitrius, alusão ao protagonista de E o Vento Levou, Rhett Butler; e ao presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln. Na época não havia tecnologia suficiente para mostrar os três personagens contracenando; segundo Régis Cardoso, para compor a imagem, foi necessário gravar com cada um e, em seguida, montar a cena[2].
- A Cabana do Pai Tomás foi a última novela da Rede Globo inteiramente baseada em textos estrangeiros. A novela subsequente no horário, Pigmalião 70, já retratava a realidade brasileira[6].
Nenhum comentário:
Postar um comentário