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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A Muralha (minissérie) 2000

A Muralha (minissérie)

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A Muralha
Informação geral
FormatoMinissérie
Duração40 minutos aproximadamente
Criador(es)Maria Adelaide Amaral
País de origem Brasil
Idioma originalPortuguês
Produção
Dire(c)tor(es)Denise Saraceni
ElencoLeandra Leal
Leonardo Brício
Alessandra Negrini
Letícia Sabatella
Alexandre Borges
Cláudia Ohana
Pedro Paulo Rangel
Vera Holtz
Mauro Mendonça
Maria Luísa Mendonça
Leonardo Medeiros
Tarcísio Meira
e grande elenco
Exibição
Transmissão original4 de janeiro de 2000 - 31 de março de 2000
Nº de temporadas1
Nº de episódios51
Portal Séries de televisão · Portal Televisão
Projeto Televisão · Projeto Entretenimento
A Muralha foi uma minissérie brasileira de televisão exibida pela Rede Globo de 4 de janeiro a 31 de março de 2000, às 22h30, com 51 capítulos. É baseada no romance homónimo de Dinah Silveira de Queiróz. A minissérie foi escrita por Maria Adelaide Amaral, João Emanuel Carneiro e Vincent Villari, direção de Denise Saraceni, Luíz Henrique Rios e Carlos Araújo. Direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo e núcleo de Denise Saraceni.

Índice

[esconder]

[editar] Enredo

Gtk-paste.svg Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo.
"Século XVII. Três mulheres em busca de um sonho. Para alcançá-lo, devem cruzar a maior cadeia de montanhas do Brasil. Devem cruzar a muralha." (traduzido do site da minissérie no Canal 13 do Chile)
Os bandeirantes foram os pioneiros no desbravamento europeu do território brasileiro. Paulistas em sua maioria, por volta de 1600, suas atividades consistiam em abrir rotas rumo ao interior do país em busca de riquezas e, também, de índios para serem vendidos como escravos. Mesmo sob domínio territorial português, a luta pela posse das propriedades era constante. Vindos de diferentes partes do mundo, inúmeros forasteiros tentavam se apossar do território conquistado pelos bandeirantes. A muralha é uma referência à Serra do Mar, um grande obstáculo às incursões ao centro do país. É pelas cercanias da Vila de São Paulo, na fazenda de Lagoa Serena, após atravessar a muralha, que habita dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), um patriarca que lidera sua família e sua bandeira com muito trabalho e sacrifício. Sua luta principal é dominar e vender mão de obra indígena, adquirida através das empreitadas feitas ao interior.
Nisto, se difere de seu filho Tiago Olinto (Leonardo Brício), que vê, na conquista do ouro, a grande razão para seu empenho pessoal. Junto de dom Braz em suas aventuras, está também Afonso Góis (Celso Frateschi), seu genro, casado com Basília (Deborah Evelyn), sua filha. O casal padece da dor da perda do filho Pedro, que desapareceu, aos 13 anos, durante uma expedição com o pai. Em função disso, a expectativa pelo reencontro do filho é uma constante para Afonso e Basília. Rosália (Regiane Alves), a caçula de Braz, é uma jovem determinada, que se dispõe a largar tudo quando se apaixona de verdade por Bento Coutinho (Caco Ciocler), que trabalha na bandeira de seu pai. Leonel (Leonardo Medeiros), seu filho, é casado com a sensível Margarida (Maria Luísa Mendonça), que acha que seu casamento só será completo após a chegada de um filho. Ainda na fazenda, mora Mãe Cândida (Vera Holtz), esposa de dom Braz, que assume a casa nos períodos em que os homens estão fora.
Afetuosa, porém contida, seus critérios não se baseiam na religião ou na justiça, mas nas prioridades de seus homens. Junto dos filhos, mora a sobrinha Isabel (Alessandra Negrini), a única mulher a enfrentar a mata e as batalhas no meio dos homens. É considerada, por dom Braz, o melhor soldado de sua tropa, inclusive porque salvara a vida do tio durante um ataque à aldeia. Isabel é apaixonada por Tiago e tem comportamento selvagem, o que a faz sentir-se quase como um bicho. Após a batalha, dom Braz informa Tiago de que havia mandado vir de Portugal uma mulher que não fosse uma nativa ou impura, para se casar com o filho. O conflito entre os dois é inevitável. Tendo sido criado no Colégio dos Jesuítas, Tiago teve contato com pensamentos renascentistas e era contra a dominação e o desrespeito aos índios. Seu interesse estava concentrado na observação de estrelas e em sonhar com a conquista do ouro no sertão, na cidade de Sabaraboçu, que muitos achavam se tratar de uma lenda. Tiago tem, como melhor amigo, o índio Apingorá (André Gonçalves), líder de sua tribo, que sabe ler e escrever em português e que ajuda dom Braz nas suas empreitadas.
Pelo mar, chega Beatriz (Leandra Leal), a noiva de Tiago, que é também sua prima. Trata-se de uma menina cheia de sonhos e apaixonada pelo futuro esposo, que sequer conhece. Junto com ela, chegam Ana (Letícia Sabatella), a prostituta Antônia (Claudia Ohana) e o padre Miguel (Matheus Nachtergaele). A chegada até Lagoa Serena se dá por uma tortuosa caminhada através da Serra do Mar, que já simboliza toda a dificuldade que Beatriz, uma dama europeia, encontra na rudeza dos territórios brasileiros da época. Ao longo do caminho, porém, ela se revela alguém de muita fibra e força, disposta a enfrentar tudo para alcançar seus objetivos, despindo-se de seus sapatos e vestes para enfrentar os campos coloniais. Ana é uma cristã-nova, que chega triste ao Brasil para cumprir sua promessa e casar-se com dom Jerônimo (Tarcísio Meira), um comerciante inimigo de dom Braz.
A promessa de casamento fora feita por seu pai, a quem dom Jerônimo livrara da fogueira da Inquisição. Ao chegar ao Brasil, Ana é recebida por Guilherme Schetz (Alexandre Borges), responsável por levá-la até dom Jerônimo. Assim, Ana passa uma noite na casa de Guilherme, pressentindo que seu destino após a boa companhia do rapaz não seria bom. A figura de dom Jerônimo era a síntese da hipocrisia religiosa de seu tempo e, ao conhecer Ana, ele passa a escravizá-la e espioná-la para saber de sua real conversão. Trata-se de um pervertido, que estupra a índia Moatira (Maria Maya) inúmeras vezes. Dissimulado, porém, passa a maior parte do tempo a procurar heresias e escrevendo cartas ao tribunal do Santo Ofício, a Inquisição. Antônia veio ao Brasil em busca de um bom casamento, sabendo que não havia muitas mulheres brancas por estas terras. Irreverente e debochada, ela ocupa funções estratégicas na vila, como mensageira entre Ana e Guilherme e, mais tarde, ao reencontrar Beatriz, ajudando-a a conquistar Tiago. Já ao chegar, cai nas graças do bem-humorado mestre Davidão (Pedro Paulo Rangel), que passa a cortejá-la. Padre Miguel é um jovem idealista e verdadeiramente crente de sua missão: evangelizar o gentio. Em seu caminho, a paixão pela índia Moatira o faz rever seus conceitos e acreditar que o caminho cultural traçado por nossos indígenas não era errado, mas diferente.
Beatriz enfrenta forte luta para conquistar o coração de Tiago. Acobertada por mãe Cândida, Isabel esconde até quando pode sua gravidez, fruto do relacionamento com o primo a quem amava. Durante uma batalha, no entanto, dom Braz é atingido e, antes de morrer, confessa a Isabel que também é sua filha. Ciente de que não poderia levar seu sentimento adiante, a moça se despede de Tiago e entrega seu filho a Beatriz, para que ela assuma sua criação. Isabel segue, então, para uma aldeia e, sob a proteção de Caraíba (Stênio Garcia), é intimada a cumprir seu destino. Voltando ao lugar que lhe pertence, nua, ela anda rumo à mata, que a acolhe, dando a entender que se transforma em uma onça. Após denunciar vários cidadãos da vila à Inquisição, dom Jerônimo passa a mandar prender todos aqueles que se colocam contra sua autoridade. São presos: mestre Davidão e Antônia, Ana e Guilherme e, também, o padre Miguel. Para o julgamento inquisitório, o próprio dom Jerônimo assume o papel de juiz e arma uma audiência pública para incriminar os acusados. Lá, eles são acusados injustamente de pecados como apostasia, prostituição e devassidão moral.
Perante os demais cidadãos, que acompanham inconformados aquele julgamento, todos são condenados à fogueira. Antes de ser queimado, entretanto, Guilherme consegue uma faca e acerta o abdômen de dom Jerônimo. Nesse momento, ele passa a ouvir as verdades sobre sua própria devassidão e pecados ditas por Ana e vê, no centro da fogueira, a falecida índia Moatira, a quem estuprara diversas vezes e Dom Braz, seu inimigo mortal. Desesperado com as alucinações, termina morto em uma das fogueiras que ele mesmo acendeu. Antônia aceita casar-se com Davidão e Ana passa a viver feliz ao lado de Guilherme, terminando grávida. Padre Miguel se dedica a cuidar dos índios, sob orientação de Caraíba e vê, nas pequenas meninas, a imagem da índia Moatira, a quem amava. Em Lagoa Serena, Leonel chega de Sabaraboçu dizendo ao irmão Tiago que a terra do ouro não era uma lenda. Nove meses se passam e, após Beatriz dar à luz a pequena Margarida, nome dado em homenagem à falecida cunhada, os dois irmãos tomam a estrada rumo a essas terras, em companhia de Beatriz, que se diz pronta para enfrentar o que for ao lado do marido, e levam os filhos Braz e Margarida.
Gtk-paste.svg Aviso: Terminam aqui as revelações sobre o enredo.

[editar] Personagens

[editar] Elenco

Alessandra Negrini interpretou A Guerreira Isabel Olinto.
Stênio Garcia, o Caraíba.
Maria Maya interpretou a índia Moatira.
em ordem da abertura da minissérie
AtorPersonagem
Ada ChaseliovLeonor
Alessandra NegriniIsabel Olinto
Alexandre BorgesDom Guilherme Schetz
André GonçalvesApingorá
Ângelo Paes LemeVasco Antunes
Cacá CarvalhoFrei Carmelo
Caco CioclerBento Coutinho
Carlos Eduardo DolabellaJoão Antunes
Cecil ThiréDom Bartolomeu Fernandes
Celso FrateschiAfonso Góis
Cláudia OhanaAntônia Brites
Deborah EvelynBasília Olinto Góes
Edwin LuisiDom Gonçalo Roiz
Emiliano QueirozDom Falcão
Enrique DiazAimbé
Leandra LealBeatriz Ataide
Leonardo BrícioTiago Olinto
Leonardo MedeirosLeonel Olinto
Letícia SabatellaAna Cardoso
Maria MayaMoatira
Maria Luísa MendonçaMargarida Olinto
Matheus NachtergaelePadre Miguel
Mauro MendonçaDom Braz Olinto
Pedro Paulo RangelMestre Davidão (David Fonseca)
Regiane AlvesRosália Olinto
Sérgio MambertiDom Cristovão Rabelo
Vera HoltzMãe Cândida Olinto
Apresentando
AtorPersonagem
Paulo JoséPadre Simão
Stênio GarciaCaraíba
Tarcísio Meira como Dom Jerônimo Taveira
Elenco de apoio

[editar] Trilha sonora

Capa: Logotipo da minissérie
  • O CD da trilha sonora existiu mas não foi comercializado, apenas distribuído internamente.
  1. A Muralha
  2. Chegada das Caravelas (tema da chegada de Ana, Antônia, Beatriz e Padre Miguel)
  3. Ana e Guilherme (1º tema de Ana e Dom Guilherme)
  4. Padre Miguel e Moatira (tema de Moatira e Padre Miguel)
  5. Epopéia Dos Bandeirantes
  6. Beatriz e Tiago (1º tema de Beatriz e Tiago)
  7. O Cárcere (1º tema de Ana)
  8. Lagoa Serena
  9. Rosália e Bento (tema de Rosália e Bento Coutinho)
  10. São Paulo De Piratiniga (tema da vila)
  11. Depois Da Batalha
  12. Margarida e Leonel (tema de Leonel e Margarida)
  13. Invasão Da Aldeia
  14. D. Jerônimo Taveira (tema de Dom Jerônimo)
  15. Tocaia
  16. Martírio De Don'Ana (2º tema de Ana)
  17. O Filho De Isabel (Acalanto) (tema de Braz)
  18. Ana e Guilherme (Final) (2º tema de Ana e Dom Guilherme)
  19. Ribeirão Dourado
  20. Beatriz e Tiago (Final) (2º tema de Beatriz e Tiago)

[editar] Curiosidades

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  • Com esta adaptação para TV do romance de Dinah Silveira de Queiroz, Maria Adelaide Amaral, criou um grande sucesso de público e crítica. A estréia rendeu 44 pontos de média para a emissora.[1] A estréia da minissérie veio a calhar no ano de comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Obteve média geral de 30 pontos.
  • Mauro Mendonça e Tarcísio Meira trocaram de personagens poucos dias antes de iniciar as filmagens. Tarcísio faria o bandeirantes Dom Brás, mas optou na última hora em interpretar o malévolo Dom Jerônimo Taveira e solicitou a troca. Os diretores acataram sua idéia, o que resultou na melhor performance artística do ator em toda a sua carreira, segundo os críticos.
  • O núcleo indígena de Lagoa Serena, composto pelos atores André Gonçalves, Patrick de Oliveira, Maria Maya e João Pedro Roriz, realizou diversos laboratórios na floresta da Tijuca, semanas antes do início das gravações. Durante o laboratório, os atores caçavam, caminhavam na floresta e construíam tabas. A intenção era "embrutecer" os atores para viverem os seus personagens, segundo Carlos Araújo, no DVD da minissérie, recém-lançado pela Globo Filmes.
  • A trama de Dinah Silveira de Queiroz já havia sido adaptada para telenovela por Ivani Ribeiro para a TV Excelsior em 1968, com direção de Sérgio Britto. Os atores Mauro Mendonça e Stênio Garcia, respectivamente Dom Brás e Caraíba, na segunda montagem, foram os únicos atores a participarem das duas montagens televisivas, tendo interpretado Dom Brás e Aimbé, respectivamente.
  • Terceira vez que Alessandra Negrini (Isabel), Leonardo Brício (Tiago) e Mauro Mendonça (Dom Braz) trabalham juntos, as outras duas foram nas novelas Meu Bem Querer e Anjo Mau. Nessas duas novelas, Alessandra e Mauro interpretaram pai e filha.
  • O nome da protagonista foi alterado em relação ao livro e as versões de 1961 e 1968, a protagonista na minissérie se chama Beatriz, mas originalmente se chama Cristina

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