O espiritismo, visto sob a ótica das regressões a vidas passadas, é o tema da história. O cético escultor Floriano Ferraz, atormentado por visões indecifráveis de uma mulher que morre a seus pés, resolve procurar a ajuda do psiquiatra Ulisses. Com técnicas de regressão, descobre que em 1880, na cidade fluminense de Petrópolis, ele fora Belmiro, um tenente apaixonado pela jovem Valentina, que morrera tragicamente nas circunstâncias que apareceram em seus sonhos. Antes de morrer, ela marcara um encontro com o amado nos dias atuais, numa determinada mansão.
A experiência transtorna completamente a vida de Floriano, que resolve abandonar tudo, inclusive a namorada Antônia, para encontrar a reencarnação da amada. O escultor muda-se para Petrópolis, mas sua busca não é nada fácil, porque Valentina não reencarna com a mesma fisionomia. Ele encontra três possíveis candidatas: Maria Elvira, Joana e Lavínia.
O antagonista de Floriano em sua empreitada romântica é Marco Monterey. Os dois disputam um velho palacete que Floriano quer restaurar, porque o prédio é o ponto de encontro com sua amada. Marco deseja derrubar o palacete para construir um shopping e encobrir um crime do passado. A luta entre os personagens coloca em discussão o debate entre preservação do patrimônio e progresso, dividindo a opinião pública da cidade. Afinal, revela-se que Marco é a reencarnação de Cincinato, responsável pela morte de Valentina.
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A novela tentou mostrar, através do espiritismo, a regressão por vidas passadas. Mas diferentemente, de A Viagem, novela de Ivani Ribeiro, exibida 2 anos antes, em 1994, não obteve tanto sucesso, passando despercebida pelo grande público.
Como a novela se passava em duas épocas distintas, a equipe de produção trabalhou em duas cidades cenográficas, projetadas por Mário Monteiro e Keller Veiga. Construíram-se duas cidades, com versões diferentes de uma praça, onde ficava o palacete de Valentina.
Os cenários de estúdio foram criados por Luiz Antônio Caligiuri, May Martins e Fernando Meirelles, que também se preocuparam em refletir o romantismo da trama em cada um dos 150 ambientes. Para reconstituir o passado com precisão, a equipe de produção de arte, chefiada por Ana Maria Magalhães, pesquisou os arquivos da biblioteca do Museu Imperial de Petrópolis.
Os figurinos de Lessa de Lacerda também foram criados com a preocupação de mostrar um código visual distinto entre as duas épocas. Os personagens da época atual usavam roupas em tons discretos facilitando uma identificação com o telespectador. A fantasia e o rebuscamento ficaram retristos às imagens do passado, cujos figurinos faziam referência aos modelos europeus do século XIX.
A novela marcou a estréia da atriz Carolina Kasting, em uma personagem, que lhe caiu, como uma luva. Valentina, a reencarnação de uma das futuras namoradas do amargurado escultor Floriano (Tony Ramos). Ele relacionou-se com a batalhadora Antônia (Tássia Camargo), sua esposa oficial. A jovem mimada Maria Elvira (Paloma Duarte), a delicada Joana (Helena Ranaldi) e a menina de rua Lavínia (Vivianne Pasmanter), que mais tarde descobriu ser a verdadeira reencarnação de Valentina, mas ficaram apenas amigos no final.
Destaques para Vivianne Pasmanter, que foi muito elogiada por sua atuação como a moradora de rua Lavinia e para Elias Gleizer, que interpretou o deficiente mental Canequinha.
Excelente trilha sonora internacional, com grandes sucessos do ano de 1996, como Where Do You Go, com No Mercy; Sexual Healing, com Max-A-Millian; Nobody Knows, com The Tony Rich Project; Da Bomb, com Inner Circle; You Learn, com Alanis Morissette; Children, com Robert Miles; You're Makin' Me High, com Toni Braxton; Brighter Day, com Kelly Lorenna; I Can't Make You Love Me, com Carol Bailey, dentre outros. Na trilha sonora nacional, os destaques ficaram por conta de Barão Vermelho com a ótima regravação de Vem Quente Que Eu Estou Fervendo e Kid Abelha, com Te Amo Pra Sempre.
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