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sábado, 2 de fevereiro de 2013

FOGO SOBRE TERRA 1974/1975

Fogo sobre Terra foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 8 de maio de 1974 e 4 de janeiro de 1975, às 20 horas. Foi escrita por Janete Clair e dirigida por Walter Avancini, e contou com 209 capítulos. Foi produzida em preto-e-branco e teve supervisão de Daniel Filho.

Índice

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[editar] Trama

No final dos anos 1950, dois irmãos separados na infância se reencontram na condição de rivais ao decidir o destino de uma cidade e disputar o amor da mesma mulher. Pedro (Juca de Oliveira) e Diogo (Jardel Filho), filhos de fazendeiros do Mato Grosso, foram separados aos três anos de idade após perderem os pais em um desastre de avião. Pedro foi criado pela tia Nara (Neuza Amaral), em Divineia – cidade fictícia – no sertão de Mato Grosso, enquanto Diogo foi levado para o Rio de Janeiro e criado pelo engenheiro Heitor Gonzaga (Jaime Barcelos), engenheiro e ex-amante de Nara.
No Rio, Diogo frequentou as melhores escolas e desenvolveu um temperamento prático que o levou a se formar em engenharia e a se transformar em um profissional muito bem-sucedido, contratado da empresa de Heitor Gonzaga, de quem adotou o sobrenome e a quem trata como pai. Foi casado e teve uma filha, mas carrega na consciência a culpa pela morte da ex-mulher, que cometeu suicídio logo após a separação.
Em Divineia, Pedro Azulão foi educado pelo beato Juliano (Ênio Santos) – ex-piloto do avião em que seus pais morreram – e aprendeu desde cedo a tomar conta dos negócios do pai, firmando-se como o boiadeiro dono da maioria das terras de sua região. Valente, de temperamento explosivo e respeitado como uma autoridade pelos moradores, ele demonstra o amor que tem pela cidade, batizada com o nome da sua mãe, vigiando com austeridade os forasteiros e viajantes que por acaso atravessam o seu território.
Representando essas duas realidades – a modernidade e a tradição, o urbano e o rural –, os dois irmãos se reencontram 30 anos mais tarde, quando a empresa de Heitor Gonzaga envia Diogo ao Mato Grosso para chefiar a construção de uma represa no local ocupado por Divineia. Situada às margens do Rio Jurapori, a cidade deveria ser inundada pelas águas do rio. Os seus habitantes seriam, então, realocados em outra cidade, a ser construída quilômetros adiante, onde poderiam usufruir dos benefícios da irrigação do solo proporcionados pela barragem. Pedro Azulão, entretanto, não quer pagar o preço de ver sua cidade desaparecer em prol de um progresso no qual não acredita e estimula a população a se insurgir contra a obra.
Enquanto tenta convencer Pedro de que está propondo o melhor para a cidade, Diogo conhece e se apaixona por Chica Martins (Dina Sfat), namorada de infância do irmão. A mulher, que passa a ser o objeto da disputa dos dois irmãos, cresceu sonhando em ser rica e morar na cidade grande e, por isso, odeia tudo o que a lembre da sua origem humilde. Ela odeia até o próprio nome, a ponto de dizer que se chama “Débora” ao ser apresentada a desconhecidos. No passado, ela chegou a abandonar Pedro Azulão para fugir com um fazendeiro que passava pela cidade, mas se arrependeu e voltou. No início, seu interesse por Diogo reside essencialmente na perspectiva de deixar Divineia para viver na cidade grande, mas depois ela se apaixona pelo engenheiro.
Acompanhando Diogo, também chega à Divineia a jovem Bárbara (Regina Duarte). Ela é a filha que Heitor Gonzaga teve com Nara, quando esta tinha 16 anos. Foi levada ainda criança para a cidade grande e criada pelo pai, que nunca lhe contou a verdade a respeito da identidade da mãe. Seu maior drama são as frequentes crises nervosas que lhe provocam cegueira psicológica, uma consequência do trauma de ter sido afastada da mãe. Em Divineia, ela se aproxima de Pedro e de Nara e, a partir do relacionamento com os dois, consegue superar seu problema. Nara vai gradualmente ocupando o seu lugar no coração da filha, até que lhe revela a verdade. E Pedro se apaixona pela moça, que termina sendo a razão pela qual ele abandona o conflito com o irmão.
No decorrer da trama, enquanto os engenheiros dão início aos preparativos para a demolição da cidade, Pedro Azulão tenta tudo o que pode para impedir que o irmão leve a cabo seu empenho. Por conta disso, acaba temporariamente preso. Quando é libertado, ele se convence de que é inútil resistir e decide se trancar em casa e se deixar levar pelas águas, como forma de protesto. Mas Bárbara revela que está esperando um filho dele e lhe pede para pensar na felicidade da criança. Emocionado, Pedro abandona a cidade.
No capítulo final, o progresso triunfa, e Divineia é submersa pelas águas do Rio Jurapori. Nara, que insiste em permanecer na cidade, morre durante a inundação.

[editar] Elenco

[editar] Trilha sonora

[editar] Trilha sonora nacional

[editar] Trilha sonora internacional

[editar] Curiosidades

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  • Janete queria levar ao ar a história de Fogo Sobre Terra no ano anterior, com outro título e os astros Francisco Cuoco e Tarcísio Meira como Diogo e Pedro. Impedida pela censura, a autora criou às pressas o enredo de O Semideus, e, quando a outra história foi liberada, já não podia contar com Cuoco e Tarcísio, que foram deslocados para atuar juntos em O Semideus. Os personagens então ficaram para Jardel Filho e Juca de Oliveira.
  • Grávida de Clara, sua terceira filha, Dina Sfat interpretou Chica Martins, e, a certa altura da história, a produção teve de se preocupar com as cenas e os figurinos de Dina, já que a personagem não estava grávida.
  • A trama chegou a ser chamada de Cidade Vazia e Muralhas de Jericó, antes de terem batido o martelo sobre o título. A novela foi reapresentada entre 3 de julho e 27 de outubro de 1978, na versão original de 85 capítulos.
  • Em 2005, o autor Ricardo Linhares apresentou à Rede Globo uma sinopse de um remake de Fogo sobre Terra para 2006, às 18h, mas o projeto não foi aceito.
  • A música "Uma rosa em minha mão" cantada por Marília Barbosa e que fazia parte da trilha sonora da novela é de autoria de Toquinho e tem letra do Vinícius de Moraes, até aí tudo bem, se não fosse a seguinte curiosidade que acho que ninguém sabe: como a música aparentemente não decolou, o Toquinho mudou a letra da música para uma campanha da Faber-Castell e se tornou conhecida como "Aquarela"... A letra original era assim:
"Procurei um lugar, com meu céu e meu mar, não achei Procurei o meu par, só desgosto e pesar encontrei Onde anda meu rei, que me deixa tão só por aí A quem tanto busquei e de tanto que andei me perdi. Quem me dera encontrar, ter meu céu, ter meu mar, ter meu chão Ver meu campo florir e uma rosa se abrir na minha mão."
... e ficou assim: "Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo. Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva..." . E por aí vai, pois esta todo mundo conhece!

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