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sábado, 2 de fevereiro de 2013

ROQUE SANTEIRO 1985/1986

Roque Santeiro é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida de 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, com 209 capítulos, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva baseado em original do próprio Dias Gomes, a peça de teatro O Berço do Herói; teve também as colaborações de Marcílio Moraes e Joaquim Assis e pesquisa de texto de Lilian Garcia, sendo dirigida por Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan, Marcos Paulo e Jayme Monjardim. Teve gerência de produção de Carlos Henrique de Cerqueira Leite e direção geral de Paulo Ubiratan. Contou no elenco, com José Wilker, Regina Duarte, Lima Duarte e Armando Bógus, nos papéis centrais da história.
A novela foi reapresentada na Sessão Aventura entre 1 de julho de 1991 a 3 de janeiro de 1992, e novamente pelo Vale a Pena Ver de Novo de 11 de dezembro de 2000 a 29 de junho de 2001, em 145 capítulos, e pelo canal de televisão a cabo brasileiro Viva entre 18 de julho de 2011 a 4 de maio de 2012.

Índice

[esconder]

[editar] Trama

A história se passa na cidade fictícia de Asa Branca, em algum lugar que reúne características e personagens de diversas regiões do Brasil.
Há 17 anos, o coroinha Luiz Roque Duarte, conhecido como Roque Santeiro por sua habilidade em modelar santos, morreu ao defrontar os homens do bandido Navalhada, logo após seu misterioso casamento com a desconhecida Porcina. Santificado pelo povo, que lhe atribui milagres, tornou-se um mito e fez prosperar a cidade ao redor da sua história de heroísmo. Só que Roque não está morto e volta à cidade, ameaçando pôr um fim ao mito. Sua presença leva ao desespero o padre Hipólito, o prefeito Florindo Abelha e o comerciante Zé das Medalhas, principal explorador do santo. Mas o maior prejudicado é Sinhozinho Malta, o todo-poderoso fazendeiro do lugar, que vê ameaçado o seu romance com a "viúva" Porcina, que nunca foi casada com Roque e sempre viveu à sombra de uma mentira articulada por Malta. Mentira institucionalizada para fortalecer o mito e tirar vantagens pessoais.
Ao retornar, Roque interfere na relação de Sinhozinho e Porcina, além de reacender a paixão de Mocinha, a verdadeira noiva, que nunca se conformou com seu desaparecimento e que se manteve casta à espera de seu amor, mesmo pensando que ele estivesse morto. Ela é filha do prefeito Flô e da beata dona Pombinha, sendo cortejada pelo soturno professor Astromar Junqueira, suspeito de se transformar em lobisomem.
Asa Branca também fica agitada com a chegada de Matilde, que monta o mais famoso dos quatro hotéis da cidade, a Pousada do Sossego, e traz do Rio de Janeiro duas dançarinas, Ninon e Rosaly, que vão trabalhar em sua "Boate Sexus", e enfrentar a ferrenha oposição do padre Hipólito e das beatas da cidade, comandadas por dona Pombinha Abelha.
Também chega à cidade a equipe de filmagem comandada por Gerson do Valle, o cineasta que vai filmar "A saga de Roque Santeiro". A película tem como astros principais a atriz Linda Bastos, casada com o ciumento Tito e por quem o diretor é apaixonado;e o mulherengo ator Roberto Mathias, que acaba por se envolver com a viúva Porcina, com Tânia, filha de Sinhozinho Malta, e com Lulu, a reprimida esposa de Zé das Medalhas.

[editar] Criação e produção

Dias Gomes criou Roque Santeiro baseado em uma peça de teatro, de sua autoria, chamada O Berço do Herói, que havia sido censurada e proibida. A telenovela seria exibida em 1975 pela Rede Globo e já tinha 20 capítulos gravados, além de chamadas anunciando sua estréia. Porém, no dia da estréia, a Rede Globo recebeu ofício do governo federal censurando a telenovela.[1][2] A emissora então pôs no ar uma reprise compacta de Selva de Pedra, de Janete Clair, enquanto outra era escrita - Pecado Capital -, também de Janete. O motivo da censura foi uma escuta telefônica do governo, em que foi gravada uma conversa de Dias Gomes, em que ele afirmava que Roque Santeiro era apenas uma forma de enganar os militares, adaptando O Berço do Herói para a televisão, com ligeiras modificações que fariam com que os militares não percebessem que se tratava da mesma obra.[3]
Dez anos depois, já no governo civil de José Sarney, a telenovela foi finalmente liberada e pôde ser exibida. Por consideração aos artistas envolvidos no trabalho original, os mesmos foram convidados a retomar seus personagens. Porém, Francisco Cuoco e Betty Faria, recusaram os papéis de Roque Santeiro e Viúva Porcina, Lima Duarte retomou o personagem Sinhozinho Malta. Além de Lima, outros atores que participaram da versão censurada e que retornaram nesta com os mesmos papéis foram João Carlos Barroso, Luiz Armando Queiroz e Ilva Niño. Elizângela, que foi Tânia em 1975, desta vez viveu Marilda. Milton Gonçalves, que em 1975 interpretava o padre Hipólito, em 1985 foi Lourival Prata, o promotor público. Lutero Luiz que em 1975 era o prefeito, na versão de 1985 foi o Dr. Cazuza.[carece de fontes?]
Foram gravados oficialmente dois finais para a telenovela, um no estilo do filme Casablanca, no qual Porcina fica em dúvida se embarca com Roque no avião ou continua com Sinhozinho Malta, que por fim vai embora. No final exibido a viúva opta por permanecer ao lado do coronel, e os dois terminam acenando para Roque, que vai embora. De acordo com o documentário "[[[A Negação do Brasil]]", de Joel Zito Araújo, teria sido gravado um terceiro final, no qual Porcina terminava ao lado do capataz Rodésio, interpretado por Tony Tornado, algo que de acordo com as declarações dos envolvidos não teria sido divulgado à imprensa pela Rede Globo.[carece de fontes?]

[editar] Audiência

Quando foi reprisada, pela primeira vez em 1991, a audiência foi satisfatória, muito maior do que a das séries estrangeiras que ocupavam o horário, chegando à 36 pontos[4].
No capítulo de número 143, a novela obteve uma das maiores audiências das telenovelas brasileiras: Foram registrados incríveis 98 pontos de audiência, segundo o ibope. No seu último capítulo, a saga de Sinhozinho e Porcina, obteve 90 pontos de média. Uma das maiores médias já registradas na televisão.[5]

[editar] Elenco

Regina Duarte interpretou a espalhafatosa Viúva Porcina.
José Wilker foi o protagonista Roque Santeiro.
Lima Duarte viveu Sinhozinho Malta.
AtorPersonagem
Regina DuarteViúva Porcina (Porcina da Silva)
Lima DuarteSinhozinho Malta (Francisco Teixeira Malta)
José WilkerRoque Santeiro (Luís Roque Duarte)
Yoná MagalhãesMatilde
Fábio JúniorRoberto Mathias
Armando BógusZé das Medalhas (José Ribamar de Aragão)
Paulo GracindoPadre Hipólito
Luiz Armando QueirozTito Moreira França
Ruy RezendeProfessor Astromar Junqueira
Lídia BrondiTânia Magalhães Malta
Ary FontouraPrefeito Florindo Abelha
Eloísa MafaldaDona Pombinha (Ambrosina Abelha)
Lucinha LinsMocinha Abelha, a "viúva virgem"
Nélia PaulaAmparito Hernandez
Ewerton de CastroGérson do Valle
ElisângelaMarilda
Cláudio CavalcantiPadre Albano, o "Padre Vermelho"
Othon BastosRonaldo César
Oswaldo LoureiroNavalhada (Aparício Limeira)
Cássia KissLulu (Lugolina de Aragão)
Wanda KosmoDona Marcelina Magalhães
João Carlos BarrosoToninho Jiló
Arnaud RodriguesCego Jeremias
Nelson DantasBeato Salú
Maurício do ValleDelegado Feijó
Ísis de OliveiraRosaly
Cláudia RaiaNinon (Maria do Carmo)
Patrícia PillarLinda Bastos
Maurício MattarJoão Ligeiro
Cláudia CostaCarla
Alexandre FrotaLuizão (Luiz Cláudio)
Ilva NiñoMina (Filismina)
Tony TornadoRodésio
Waldyr Sant'annaTerêncio Apolinário
Cristina GalvãoDondinha
Lutero LuizDr. Cazuza Amaral

[editar] Elenco secundário

[editar] Trilha sonora nacional

[editar] Volume 1

Roque Santeiro - Nacional
Trilha sonora por vários artistas
Lançamento1985
Formato(s)LP
Gravadora(s)Polydor
  1. "Isso Aqui Tá Bom Demais" - Dominguinhos (part. esp. Chico Buarque)
  2. "A Outra" - Simone
  3. "Sem Pecado e Sem Juízo" - Baby Consuelo
  4. "Chora Coração" - Wando
  5. "Mistérios da Meia-noite" - Zé Ramalho
  6. "Santa Fé" - Moraes Moreira
  7. "Dona" - Roupa Nova
  8. "De Volta Pro Aconchego" - Elba Ramalho
  9. "Indecente" - Anne Duá
  10. "Coração Aprendiz" - Fafá de Belém
  11. "Roque Santeiro" - Sá & Guarabira
  12. "Cópias Mal Feitas" - Alceu Valença

[editar] Trilha sonora nacional

Roque Santeiro Volume 2
roque‑santeiro‑volume‑2.jpg
Trilha sonora por vários intérpretes
Lançamento1986
Gênero(s)Vários
Formato(s)Vinil
Gravadora(s)Som Livre
Cronologia de vários intérpretes
Último
Último
-
Selva de Pedra Internacional
Próximo
Próximo

[editar] Volume 2

  1. "Malandro Sou Eu" - Beth Carvalho
  2. "Coisas do Coração" - Ritchie
  3. "Pelo Sim, Pelo Não" - Cláudio Nucci e Zé Renato
  4. "Vitoriosa" - Ivan Lins
  5. "Fruta Mulher" - Nana Caymmi
  6. "Verdades e Mentiras" - Sá & Guarabira
  7. "Mil e Uma Noites de Amor" - Pepeu Gomes
  8. "A Hora e a Vez" - Cláudio Nucci e Zé Renato
  9. "Mal Nenhum" - Joanna
  10. "Entra e Sai de Amor" - Altay Veloso
  11. "Amparito Amor" - Cauby Peixoto
  12. "Mal de Raiz" - MPB4

 Prêmios

Troféu APCA (1985):
  • Melhor Novela
  • Melhor Atriz - Regina Duarte
  • Melhor Ator - Lima Duarte
  • Revelação Feminina - Cláudia Raia
  • Melhor Texto de Novela - Dias Gomes e Aguinaldo Silva
Troféu Imprensa (1985):
  • Melhor Novela
  • Melhor Atriz - Regina Duarte
  • Melhor Ator - Lima Duarte
  • Revelação do Ano - Cláudia Raia (empate com Tetê Espindola)

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