Na cidade de Duas Barras, interior do Estado do Rio de Janeiro, a jovem artista plástica Simone Marques é testemunha da briga entre Cristiano Vilhena, filho de um pregador evangélico pobre, e o mauricinho Gastão Neves, morto no incidente. Sabendo que Cristiano é inocente, Simone acoberta o rapaz, por quem acaba se apaixonando. Receoso de seu destino, Cristiano vai embora para o Rio de Janeiro trabalhar no estaleiro do tio rico, Aristides Vilhena, irmão de seu pai, e Simone vai com ele, vislumbrando um futuro melhor para a sua carreira artística. Os dois se casam e vão morar na Pensão Palácio, de propriedade da alegre Fanny, onde conhecem o malandro Miro, uma figura de caráter duvidoso.
Em contato com o universo do tio, Cristiano se vê envolvido com a charmosa Fernanda, uma das acionistas do estaleiro e noiva de Caio, primo de Cristiano. Dividido entre a vida simples ao lado de Simone e o poder e o dinheiro com Fernanda, Cristiano acaba se deixando levar pelas artimanhas de Miro, que lhe propõe o fim de seu relacionamento com Simone, nem que isso tenha que custar a vida da moça. Fernanda, completamente apaixonada por Cristiano, deixa Caio para se casar com ele, enquanto Miro planeja a morte de Simone, viabilizando assim o casamento de Cristiano, o que tornaria o rapaz do interior um dos principais acionistas do estaleiro. Ao ser perseguida por Miro numa auto-estrada, Simone sofre um acidente e é dada como morta, enquanto Cristiano, sentindo-se responsável pela morte de sua mulher, não consegue se casar com Fernanda, abandonando-a no altar.
Humilhada, Fernanda enlouquece e jura vingança contra Cristiano. Unindo-se a Caio, ela atrapalha Cristiano em seus negócios no estaleiro. E Simone, que sobreviveu ao acidente, faz uma viagem e retorna assumindo a identidade da irmã falecida, Rosana Reis, reconhecida como uma artista famosa. Numa festa, Cristiano reconhece em Rosana sua mulher, porém ela o repudia, responsabilizando-o pelo acidente.
Enquanto isso, o delegado Humberto está no encalço de Cristiano Vilhena, acusado da morte de Gastão Neves. Em vista disso Simone é a única que pode inocentá-lo.
A abertura foi uma das mais criativas já produzidas pela equipe do artista gráfico Hans Donner. Nela, vários prédios brotavam de um chão árido, como se fossem plantas - reproduzindo uma "selva" de pedra e concreto -, e refletiam personagens da trama em suas vidraças. No final, vistos de cima, formavam o rosto de Tony Ramos. Para tal, foram feitas maquetes dos prédios cobertas por espelhos, dando a impressão de modernos prédios envidraçados. A gravação foi feita em estúdio, e as paredes foram pintadas com nuvens, para compor o fundo. As maquetes, cobertas de argila, saíam da terra manipuladas pela equipe. Foi desenhado um esboço do rosto de Tony Ramos, sobre o qual foram colocados prédios de plástico de três tonalidades diferentes.[1]
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A trama central da novela foi inspirada no romance Uma Tragédia Americana, de Theodore Dreiser, e no filme Um Lugar ao Sol, de George Stevens.[1]
Esta versão, exibida em 1986, não atingiu o mesmo sucesso da versão original. Todavia, era interessante ver a história atualizada, ainda que não tivesse se passado tanto tempo assim (14 anos). Além disso, atingiu média de 60 pontos no Ibope, um índice de audiência considerado bom para o horário, o que não ocorreu com outras regravações de Janete Clair em anos posteriores: Irmãos Coragem (1995) e Pecado Capital (1998).
Seu primeiro capítulo obteve 64 pontos de audiência média.
Luís Melo participou nas duas versões da novela, interpretando a mesma personagem: Humberto Lago Martins.
A Censura Federal proibiu algumas cenas e diálogos e recomendou moderação nas cenas de amor. Havia sequências que sugeriam lesbianismo entre as personagens de Beth Goulart e Christiane Torloni (Cíntia Vilhena e Fernanda Arruda Campos), o que provocou reações negativas nos telespectadores, fazendo com que a emissora e os autores reformulassem as cenas.[1]
O palavreado de Miro, personagem de Miguel Falabella, virou mania na época: "Quem é ruim da cabeça e doente do pé num faz nhenhém"; "governador da vila" (coração); "pururuca do brejo" (mulher feia); "Num vô cum teus córno" (Não simpatizo com você).
Na versão original, a personagem ex-vedete chamava-se Fanny Marlene. Nesta, teve o nome simplificado para apenas Fanny. Com voz sedutora, Fanny (Nicete Bruno) sempre dizia ao atender ao telefone: "Pensão Palácio, estritamente familiar!".
Com a boa repercussão de seu trabalho na minissérie Grande Sertão: Veredas, Bruna Lombardi foi a primeira opção para o papel de Fernanda. No entanto, a atriz acabou reservada para a novela seguinte: Roda de Fogo.
Alguns personagens da primeira versão foram substituídos por outros na regravação, como o Dr. Feliciano D'Avilla (Urbano Lóes), advogado de Cristiano em 1972, que passou a ser a Dra. Ana (Suzana Faini), em 1986. Também foram trocados os nomes de alguns personagens entre uma versão e outra: em 1972, o namorado de Walkíria (Neuza Amaral) se chamava Sérgio (Eliano de Souza); no remake o personagem chamou-se César (Roberto Bataglin). Na primeira versão, Diva (Dorinha Duval) casou-se no final com Sales (Francisco Milani) que, na nova versão, chamou-se Horácio (Henri Pagnocelli).
Suzana Faini, que viveu Ana, a advogada de 'Cristiano, já havia participado na primeira versão como Olga, a secretária de Caio. O ator Francisco Dantas também voltou a fazer uma participação na novela. Em 1972 foi Neves, o pai do rapaz assassinado, e em 1986 foi Perez, ex-empresário de Fanny.
Guilherme Fontes, que tinha acabado de atuar em Ti Ti Ti, foi escalado para o papel de Júnior, mas como se envolveu em produções de cinema, foi substituído por Roney Vilella. Ricardo Petraglia também foi o primeiro nome cogitado para o papel de Werner, que acabou ficando com Jonas Bloch.
O ator Marcelo Ibrahim,que viveu o mauricinho Gastão no início da novela,morreu pouco antes do final,em 3 de julho de 1986,uma quinta-feira,de complicações da AIDS,aos 24 anos.Sua participação já estava concluída no período de sua morte.
A música Demais, tema da personagem de Fernanda Torres, é uma versão em português de Yes, It Is, composta por John Lennon e Paul McCartney, e foi um dos maiores sucessos radiofônicos do ano de 1986, graças à popularidade da novela, alavancando a carreira solo de Verônica Sabino que, na época, havia saído recentemente do grupo vocal Céu da Boca.
Na primeira versão, Regina Duarte se disfarçava de Rosana, usando uma peruca loira. Nesta versão, Fernanda Torres usava um penteado diferente e lentes de contato azuis, uma novidade na época.[1]
Walter Avancini dirigiu os vinte primeiros capítulos da trama. Após esse período, Daniel Filho o substituiu, e posteriormente Dênis Carvalho assumiu a direção geral.
A atriz Sílvia Bandeira, escolhida por Walter Avancini, gravou durante quase um mês como Laura, mas Daniel Filho a substituiu por Maria Zilda Bethlem quando faltavam nove dias para a estreia. Maria Zilda assumiu o papel e, em dois dias, gravou cerca de cem cenas referentes aos vinte primeiros capítulos. "Na época, as pessoas diziam que eu tinha sido demitida. Mas era mentira, eu estava envaidecida de ter sido chamada pelo Avancini, mas entendi que o Daniel quisesse a escolhida dele", disse Sílvia. "Claro que é uma decepção para o ator que estuda, se prepara e grava. Mas são águas passadas…".
Em 2006, com o grande sucesso da reprise de A Viagem, também protagonizada por Christiane Torloni, no Vale a Pena Ver de Novo muitos cogitaram uma reprise da novela. Mas, como é de praxe, a emissora optou por uma trama mais recente, Chocolate com Pimenta. Muitos ficaram indignados e ameaçaram boicotar a audiência da novela. Mas, com o passar do tempo, acabaram se acostumando.
Na abertura junto com as imagens dos atores aparece um certo momento um relógio Champion Watch, sucesso nos anos 80.
Foi, até agora, o único remake apresentado como novela "das 8".
Segundo informações da internet o último capítulo da trama alcançou incríveis 88 pontos de audiência.
Apesar de ter sido um enorme sucesso e uma das maiores audiências da história das telenovelas, até hoje, Selva de Pedra só foi exibida uma única vez - de fevereiro a agosto de 1986.
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